Rotina de exaustão! Veja 7 pecados capitais de quem vai prestar um concurso público

goo.gl/g2NGhH | O melhor método para estudar para um concurso público é tudo, menos óbvio.

Não se trata de virar as noites mergulhado em livros teóricos; tampouco significa estudar só quando “sobra um tempo” para a preparação.

O segredo, dizem os professores, está num equilíbrio delicado de dedicação e repouso, leitura e exercício, preocupação com o exame e confiança no seu próprio desempenho.

Para ter sucesso na empreitada, é preciso tomar cuidado para não incorrer em alguns “pecados capitais” do mundo dos concursos. Quatro especialistas ouvidos por EXAME.com dizem quais são eles. Veja a seguir:

1. Procrastinar

Não ter uma rotina de estudos - e então se permitir adiar o trabalho quando for conveniente - é um hábito que destrói as chances de qualquer candidato.

Para Nestor Távora, professor da LFG, o concursando deve respeitar rigorosamente dias e horários estabelecidos para o estudo para não deixar outras atividades da rotina sequestrarem o seu tempo. Se está trabalhando, a preparação deve ser compreendida como uma espécie de segundo emprego.

2. Desconhecer o edital 

Ler o manual de um cartão de crédito parece ser uma tarefa burocrática e aborrecida, mas desconhecer o seu conteúdo pode virar uma grande dor de cabeça. Com editais de concursos públicos, não é diferente.

O documento contém detalhes sobre o programa das provas, os critérios para a candidatura e as fases do processo seletivo. Dar pouca atenção a ele  - ou mesmo acreditar que ele será igual ao das provas anteriores - é um erro grave e muito comum, diz Lincoln Moura, coordenador do curso Pra Passar.

3. Desconhecer a banca

Tão grave quanto negligenciar o edital é não saber qual é o perfil dos organizadores do concurso. “Cada banca tem um jeito próprio de atuar”, diz Távora. “Algumas se concentram no texto da lei, enquanto outras se atêm aos autores e suas doutrinas, ao passo que outras cobram mais jurisprudência”.

Seu concurso também inclui prova oral? Vale checar quem são os seus avaliadores, caso a lista de nomes seja publicada. Segundo o professor da LFG, não é raro que eles façam perguntas ligadas às suas próprias áreas de pesquisa de mestrado ou doutorado, por exemplo.

4. Não fazer fichamentos

Muitos pedagogos defendem que escrever é uma excelente forma de fixar conteúdo. Por isso, ler e grifar textos teóricos é importante, mas também é obrigatório fazer um fichamento deles com as suas próprias palavras, diz o professor Távora.

Além de facilitar a assimilação e a retenção da matéria, o resumo ainda pode ser consultado posteriormente pelo candidato no lugar do livro - o que gera uma preciosa economia de tempo. Só não vale pegar um fichamento pronto na internet, já que ele será uma leitura como qualquer outra.

5. Não treinar 

Além das leituras e fichamentos, também é indispensável resolver exercícios. “Sem fazer simulados e questões de provas anteriores, o candidato não vai aplicar a teoria que estudou, não saberá quanto tempo demora para concluir o exame e nem como o conteúdo poderá ser cobrado na prova”, afirma Marcelo Marques, diretor do site Concurso Virtual.

O treino também é fundamental para concursos que exigem desempenho físico, como alguns organizados pela polícia. Para se dar bem, é importante medir a sua performance nos exercícios e acompanhar sua evolução ao longo do tempo.

6. Ceder ao “terrorismo” 

Quem é concurseiro sabe: não faltam fóruns e grupos de discussão na internet que só servem para alimentar a ansiedade e tirar a segurança de quem vai fazer a prova.

De acordo com Marques, alguns indivíduos mal intencionados usam esses espaço para minar a motivação dos concorrentes. Para não perder tempo com o “terrorismo” alheio, é melhor se concentrar nos seus próprios estudos e manter-se confiante.

7. Abdicar do lazer

A preguiça é um item bastante conhecido da compilação dos 7 pecados capitais descritos pela Igreja Católica. Nesta lista adaptada ao mundo do concurseiro, a capacidade de relaxar - na medida certa - é virtude.

Afinal, diz Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso, uma rotina sem lazer é nociva à saúde e ao próprio desempenho do candidato. “Estudar de manhã, à tarde e à noite, sem descanso, abandonando a família e os amigos, leva à exaustão”, diz ele. “Investir em repouso e diversão é essencial para que você se sinta bem e dê seguimento a uma preparação de qualidade".

Por Claudia Gasparini
Fonte: Exame

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