Ministro manda investigar empresas da campanha de Dilma por novos indícios de irregularidade

goo.gl/P6VnBG | O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, remeteu ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, nesta sexta-feira, 6, novos indícios de irregularidades na situação financeira de empresas que prestaram serviço para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. Ambas já estavam sendo investigadas por supostas ilegalidades nos contratos com o PT.

Em resposta a uma decisão do ministro de fevereiro, a Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Gerais enviou ao Tribunal informações sobre as empresas Door2Dorr Log Serviços e DCO Informática e Serviço. As inscrições das duas empresas junto ao órgão chegaram a ser bloqueadas mais de uma vez por diversas irregularidades.

A DCO chegou a ter a inscrição estadual bloqueada em 2006 por ter indicado um endereço inexistente em sua documentação. Após reativação do cadastro, a empresa voltou a ser bloqueada em 2014 por não ter apresentado declarações fiscais e em 2015 por "desaparecimento do contribuinte". Após a data, o registro da empresa foi definitivamente cancelado.

A situação é semelhante à da Door2Door. Embora ainda tenha o registro ativo, sua inscrição foi bloqueada duas vezes, em 2011 e 2015, por não apresentar declarações fiscais à Secretaria de Fazenda mineira.

Em fevereiro, Gilmar envio cópias de documentos e notas fiscais da campanha pela reeleição de Dilma para que os Ministério Público Federal e de São Paulo, Secretaria de Fazenda de São Paulo, Secretaria da Receita Federal, Conselho de Administração de Operações Financeiras (Coaf) e Polícia Federal apurem possíveis irregularidades em contratos da legenda com sete empresas. Entre elas, estavam tanto a Door2Door quanto a DCO.

O encaminhamento do ministro acatou um pedido feito ao Tribunal pelo PSDB, que alega haver indícios de "irregularidade e ilegalidade na contratação e pagamento efetuado a empresas que não possuem capacidade operacional para prestar os serviços avençados pela campanha do PT". Os tucanos também afirmam haver evidências que de as empresas aparentam ser "de fachada" e foram contratadas por "exorbitantes e desproporcionais".

Por Gustavo Aguiar
Fonte: Estadão

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