'Advogado não pode ser confundido com seus clientes', diz associação sobre notícia do Estadão

goo.gl/6Xtqti | A Abracrim - Associação Brasileira de Advogados Criminalistas divulgou nota pública neste domingo, 26, em repúdio à notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, na qual se afirma que o presidente estadual do PMB em SP, Jaime Fusco, "é advogado de traficantes".

A matéria informa que o criminalista teria entre seus clientes os traficantes Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, chefe da facção Amigo dos Amigos, e Anderson Rosa Mendonça, o Coelho. Outro cliente seria Luís Anderson de Azeredo Coutinho, o Anderson Bicheiro, suspeito de planejar o assassinato da juíza Patrícia Acioli.

Segundo a entidade, a publicação associou o regular exercício da profissão de advogado criminalista com "inidoneidade", "a ponto de insinuar que profissionais da área estariam "descredenciados" para exercício de cargos públicos ou partidários".
O advogado não pode ser confundido com seus clientes, nem estigmatizado por esgotar, em favor deles, todos os recursos legais defensivos, vez que é a própria sociedade que exige que apenas o verdadeiro culpado seja punido e, assim mesmo, no seu exato grau de culpa!
Confira abaixo a íntegra da nota.
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Jornal "O Estado de São Paulo" ofendeu a advocacia criminal brasileira

Nota Pública

A ABRACRIM-Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, ante o contido em atípica matéria jornalística postada na plataforma digital do jornal "O Estado de São Paulo", na manhã deste domingo (27/6/2016), que associa o regular exercício da profissão de advogado criminalista, com "inidoneidade", a ponto de insinuar que profissionais da área estariam "descredenciados" para exercício de cargos públicos ou partidários, vem observar que é a nossa Constituição Federal, em seu artigo 133, que torna indispensável a atuação da advocacia, impondo seu exercício pleno com destemor.

Portanto, o advogado não pode ser confundido com seus clientes, nem estigmatizado por esgotar, em favor deles, todos os recursos legais defensivos, vez que é a própria sociedade que exige que apenas o verdadeiro culpado seja punido e, assim mesmo, no seu exato grau de culpa!

Como a matéria não menciona qualquer atitude antiética do profissional por ela focado, que é respeitado em nosso meio, está menosprezando pessoas pelas suas virtudes!

Pelo relevo social, advocacia e jornalismo, entre todas as profissões exercidas com honestidade de propósitos, merecem respeito!

A advocacia sempre lutou e lutará pelas liberdades profissionais, mormente dos jornalistas, que quando são perseguidos e processados, procuram um dos nossos para a defesa!

É a nota para o resgate do respeito aos profissionais da advocacia criminal brasileira.

Curitiba, 26/6/2016.

ABRACRIM-Nacional 
Elias Mattar Assad
Presidente

ABRACRIM-RJ
James Walker
Presidente

Fonte: Migalhas

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