Traficante líder de facção criminosa ri de delegado durante julgamento em Fórum Criminal

goo.gl/Nhomn5 | O traficante Adilson Souza Lima, conhecido como Roceirinho e apontado como líder da facção criminosa Katiara, sorriu durante o depoimento do delegado Omar Leal, no auditório do Fórum Criminal de Salvador, em Sussuarana. 

Ele e outros 12 réus começaram a ser julgados por tráfico e associação ao tráfico de drogas na manhã desta segunda-feira (11). 

Roceirinho está custodiado no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde 2012, e participou do julgamento através de videoconferência.

As investigações que levaram ao julgamento foram coordenadas por Omar Leal, na época, delegado do Departamento de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil da Bahia.

O primeiro momento que provocou riso no traficante foi quando o delegado contou que não teve conhecimento do Estatuto da Katiara enquanto fazia as investigações da Operação Israel. "Soube, depois, que andava circulando esse tal estatuto pelo Whatsapp", afirmou. 

O CORREIO publicou com exclusividade o estatuto da Katiara, em agosto de 2015. Roceirinho estava participando o julgamento ao vivo, acompanhado de uma advogada em Mato Grosso do Sul e outros dois no Tribunal, em Salvador. 

O segundo momento que divertiu o traficante foi quando o delegado contou que o grupo tinha como olheiro um vendedor de ovos que usava uma kombi para fazer o serviço. "Eles diziam: 'as putas estão vindo'. As putas eram a polícia, chocolate era a Rondesp", contou Leal.

Julgamento

As investigações começaram com a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos durante a Operação Israel. Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o julgamento está em fase de instrução. Serão ouvidas primeiro as testemunhas de acusação e depois as de defesa. 

Nesta segunda-feira, apenas o delegado e um investigador foram ouvidos pelo juiz substituto da 2ª Vara de Tóxicos, Horácio Moraes Pinheiro. Nova audiência foi agendada para o dia 4 de agosto, às 9h.

A Katiara é uma quadrilha ligada ao grupo PCC que atua no tráfico de drogas em Salvador, Maragojipe, Salinas da Margarida, Itaparica, Nazaré das Farinhas, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus e Santo Amaro da Purificação.

Economia

O Tribunal de Justiça da Bahia e a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap) destacaram os benefícios do julgamento via videoconferência. Em nota, o TJ-BA apontou algumas das economias. 

"O uso da tecnologia confere maior segurança e redução de custos para o Tribunal de Justiça, além de evitar riscos de fuga na condução do réu desde a unidade onde cumpre pena. No caso, Roceirinho não precisa vir do Mato Grosso do Sul para ser interrogado em Salvador", diz a nota.

O estado teria despesas também com alimentação e hospedagem, nas unidades prisionais onde ele ficasse instalado. O procedimento é o mesmo adotado em caso de translado de presos considerados de alta periculosidade.

A assessoria da Seap informou que se Roceirinho precisasse participar pessoalmente do julgamento, seriam necessárias duas guarnições, com oito policiais, para fazer o transporte dele do aeroporto para o Tribunal. Equipes do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) também poderiam ser necessárias.

Fonte: correio24horas

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