UFC é condenada a pagar indenização a policial impedida de assistir à aula armada

goo.gl/hllrEr | A Universidade Federal do Ceará (UFC) foi condenada a pagar indenização de aproximadamente R$ 16 mil à policial militar impedida de assistir à aula no curso de Letras por estar armada e vestida com a farda de trabalho. O caso aconteceu em 2014 e repercutiu nas redes sociais. Cabe recurso à decisão.

A estudante Emanuele Alves ganhou, em primeira instância, uma ação de reparação de dano contra a UFC. O advogado da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cícero Roberto, responsável pela defesa da policial, ressaltou que a ação “é um passo importante rumo à criação de uma cultura de valorização e respeito aos profissionais de segurança”.

O episódio contra Emanuele aconteceu em setembro de 2014, quando a jovem foi hostilizada no campus do Benfica porque estava fardada e armada dentro de sala de aula. Em nota, a APS afirma que a policial havia saído do trabalho direto para a universidade e, por isso, não teve tempo para trocar de roupa em sua casa.

“Emanuele foi impedida de permanecer em sala de aula por estar fardada e armada: o que configura constrangimento ilegal, tendo em vista que não existe nenhuma legislação que proíba tal conduta”, diz a publicação no Facebook. À época, a jovem afirmou que, durante o fato disse que, se o problema fosse a posse da arma, poderia apenas esperar o professor chegar para justificar a falta. Ainda assim, os seguranças da UFC pediram para que ela se retirasse e a encaminharam para coordenação do Centro de Humanidades. No percursos, ela teria sido ofendida por outros alunos.

Resposta

Sobre a decisão, a UFC informou que não foi comunicada oficialmente. Além disso, ressaltou que respeita a decisão, mas discorda. Com isso, ela irá recorrer.

Na época do fato, a universidade negou a versão de Emanuele, afirmando que foi dito a ela que poderia assistir à aula fardada, mas teria de guardar a arma. “Foi sugerido a ela guardar sua arma no cofre da Divisão de Segurança da UFC, mas a aluna disse não concordar com aquela sugestão”. Ainda segundo a universidade, a estudante foi acolhida na Diretoria do Centro e informada que poderia assistir às aulas como qualquer aluno, inclusive fardada, desde que guardasse a arma. “A aluna, então, preferiu não assistir à aula”, conclui a nota à época.

Por Jéssica Welma em Cotidiano
Fonte: tribunadoceara uol

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