Bom exemplo! Homem continua faculdade de enfermagem após virar morador de rua

goo.gl/swcSvZ | Quando Alderico Ferreira da Silva deixou o emprego, ficou sem dinheiro e teve que entregar a casa onde vivia sozinho de aluguel. Segundo reportagem publicada por Paulo Gomes no jornal Folha de S.Paulo, desde então, o homem de 57 anos voltou à situação de morador de rua, na qual já esteve anteriormente. Mesmo assim, não largou a faculdade de enfermagem.



Hoje, Alderico passa as noites em um abrigo e deve se formar no fim deste ano. Ele acaba de conseguir emprego em um hospital. De acordo com o depoimento, o homem nasceu em Salvador e, aos 13 anos, saiu de casa. Logo começou a trabalhar e sempre procurou estudar, mesmo vivendo na rua em alguns momentos.

Nos anos 80, chegou em São Paulo, onde trabalhou como auxiliar de manutenção em fábrica. Depois de se mudar para o interior, voltou para a capital paulista e morou no Arsenal da Esperança, um abrigo na Mooca, zona leste. "Não tinha mais casa, não tinha nada. Já estava com mais de 40 anos. Com essa idade ninguém conseguia nada. Então decidi fazer o ensino médio e terminei rapidinho", afirma.

Foi então que Alderico conseguiu um emprego no Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, Belenzinho. Ao ter contato com os profissionais do local, ele decidiu fazer faculdade de enfermagem. Por meio do Fies (financiamento estudantil) integral nos primeiros meses, começou a estudar na Uniesp.

Alderico foi transferido para o Cratod, centro do governo estadual para tratar dependentes de álcool e drogas. No entanto, o desgaste de estudar e trabalhar, dormindo apenas três horas por noite, fez ele se demitir.

Sem dinheiro, o aluguel de sua casa em São Matheus, zona leste, atrasou e ele precisou entregar o imóvel. Naquele momento, o homem ia trancar a matrícula da faculdade, mas três colegas o convenceram a continuar estudando.

Recentemente, Alderico encontrou o padre Júlio Lancellotti e pediu um trabalho. "Ele tirou uma foto e colocou no Facebook. Consegui um trabalho. Começo no dia 5 como auxiliar administrativo do centro cirúrgico do Igesp [hospital na Bela Vista]. O que eu precisava era o emprego, para voltar a uma vida estável", relata.

Fonte: catracalivre

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