Advogados de defesa do ex-presidente Lula diz ter certeza de condenação do petista

goo.gl/JumVTc | Os advogados de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam dar como certa a condenação do petista nos processos relacionados à Operação Lava Jato. Em entrevista a jornalistas na Suíça, os defensores chamaram a Justiça brasileira de “primitiva”, atacaram a imprensa e sugeriram que, por causa das investigações, os Estados Unidos ficarão com o petróleo brasileiro.

“Moro age de uma forma inaceitável”, disse o advogado australiano Geoffrey Robertson, que representa Lula no caso apresentado pelo ex-presidente no Comitê de Direitos Humanos da ONU. A declaração à imprensa em Genebra foi convocada para anunciar a inclusão de novas evidências na reclamação protocolada em julho no órgão internacional.

“Algumas coisas ocorreram desde julho e temos o dever de informar o comitê”, disse Robertson. O caso, porém, ainda não tem data para se analisado pelo colegiado da ONU.

O ex-presidente, por videoconferência, apontou para as irregularidades em seu processo no Brasil. “Estou sendo vítima de perseguição política e que visa destruir o partido de esquerda mais importante da América Latina”, disse Lula.

Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, que foi a Genbra para o anúncio, o ex-presidente vai ficar no Brasil durante o processo. “É bobagem falar de asilo”, disse. Na avaliação do advogado, com as “ações bilionárias contra a Petrobrás” nos EUA, uma condenação faria com que “eles levassem boa parte das reservas de nosso País”.

Gestão de reputação. A entrevista dos advogados em Genebra foi organizado pela BLJ London, empresa que, em seu site, afirma “administrar reputações”. Fornecemos “conselhos estratégicos discretos”, aponta. Dois funcionários da empresa viajaram da Grã-Bretanha até a Suíça para o evento. Entre os clientes estão a Ralph Lauren, Catar, The Walt Disney Company e o Principado de Mônaco. O Estado questionou a empresa sobre quem fez a contratação para o evento desta quarta-feira, mas não obteve resposta.

Por Jamil Chade
Fonte: Estadão

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