Governo do estado receberá R$ 216 milhões de indenização da Ford por quebra de contrato

goo.gl/Ft0ymj | Foram 16 anos de disputa na Justiça para que o governo do RS finalmente recebesse R$ 216 milhões de indenização da Ford pela quebra de contrato firmado. A ação do governo Olívio na época ocorreu porque a empresa desistiu de se instalar no Rio Grande do Sul. “Às vezes, a justiça e a verdade tardam, mas neste caso ambas foram repostas”, diz deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT), secretário estadual durante o governo Olivio.

“Foi uma luta difícil, que envolveu o ex-governador Olívio Dutra e o ex-secretário de Desenvolvimento, Zeca Moraes e o PT, muito atacados com base na mentira de que o governo teria mandado a Ford embora”, comentou o deputado Tarcísio, durante a reunião da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (24) pela manhã. Na reunião, que aprovou com votos contrários da bancada do PT o Orçamento proposto pelo governo Sartori para 2017, Tarcísio citou que Olívio foi detratado pela oposição e pelos monopólios da Comunicação.

Tarcísio disse, ainda, que a própria Ford reconheceu ter cometido uma ilegalidade, ao romper, unilateralmente, um contrato no Rio Grande do Sul. “Os R$ 216 milhões estão repondo essa verdade.”

Tribuna

À tarde, na tribuna do plenário da Assembleia Legislativa, o deputado Jeferson Fernandes (PT) reforçou que o pagamento da indenização é uma reparação tanto ao governador Olívio quanto à memória do ex-secretário Zeca Moraes. “Hoje se faz justiça com o povo gaúcho. Além disso, fica estabelecido que, para o Estado se desenvolver, não pode, em hipótese alguma, ter recurso público destinado a uma ou outra empresa multinacional como a Ford ou a GM.” Para Jeferson, se tem que haver incentivo fiscal, deve ser para os setores que geram emprego e renda.

O deputado disse que há muita empresa da grande mídia que fala alto sobre a corrupção e da necessidade de serem pagos impostos, “mas elas são as primeiras a sonegar na hora que tem que pagar”. De acordo com o “sonegômetro” – medidor de quem sonega impostos no Rio Grande do Sul, criado pelos servidores da Fazenda estadual –, já passa de R$ 6,5 bilhões a sonegação de imposto, até este mês. “É um assunto que temos que combater, ao invés de entregar o patrimônio público e cortar direitos de servidores que já recebem parcelado”, finaliza.

Fonte: sul21

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