Policial civil é confundido com Uber e saca arma de fogo após ameaças de taxistas

goo.gl/7aFSh4 | Um policial civil teve que sacar uma arma para se defender após ter sido ameaçado por um grupo de taxistas em Santos, no litoral de São Paulo. O caso ocorreu no dia 16 de novembro, próximo da rodoviária da cidade. Após a discussão, taxistas tiraram fotos e começaram a compartilhar as imagens nas redes sociais dizendo que o policial seria um motorista de Uber que estaria ameaçando a categoria pelos pontos de táxi do município.

A filha do policial civil, que prefere não se identificar, afirma que estava voltando de viagem e foi surpreendida pelo pai que resolveu recebê-la. “Saímos e eu estava com uma mala grande e ia pedir um Uber. Nisso, eu disse pra gente não ficar por ali pra não chamar a atenção dos taxistas e fomos pra rua lateral, onde pedi um carro. Enquanto isso ficamos conversando e uma pessoa passou por nós, encarou a gente, e em seguida apareceu um taxista”, ela afirma.

Assim que o taxista apareceu, ele se dirigiu até onde pai e filha aguardavam o carro da Uber que haviam acabado de pedir. “Ele veio e disse que se estivéssemos chamando Uber iam quebrar o carro. Meu pai foi conversar com ele e ele ameaçou a gente. Depois disso disse que ia dar pedrada caso o carro do Uber parasse”.

Nesse momento, ela afirma que um grupo de taxistas começou a se reunir em volta de seu pai. “Eles se juntaram e foram para cima dele. Nisso meu pai sacou a arma para se defender e pediu para que eles se afastassem e meu pai chamou a PM que estava do outro lado da rua. Quando a polícia chegou, ele apresentou os documentos de polícia civil e guardou a arma assim que os PMs pediram. Nisso os taxistas mudaram a conversa e começaram a dizer que ele que tinha começado a ameaçá-los. Depois de conversar com todo mundo, a PM nos liberou porque considerou que a gente não tinha feito nada”, afirma.

Com isso, pai e filha deixaram o local e inicialmente não pensaram mais na história. “Se eu estivesse sozinha, porém, teria sido terrível porque não sei como iria me defender”, afirma.

Dias após o caso, a filha do policial foi acordada por uma colega com uma postagem que estava começando a circular pelo Facebook e que incluía uma foto sua e de seu pai. “As pessoas começaram a compartilhar e acreditaram na versão dos taxistas de que meu pai havia feito as ameaças como se fosse motorista do Uber e estivesse passando pelos pontos de táxi para ameaçar taxistas”, explica.

Indignada com a postagem, ela começou a procurar ajuda de advogados e juntou as postagens que foram escritas, assim como os nomes dos taxistas que teriam tirado a foto. “Procuramos uma amiga de meu pai e ela nos orientou a registrar um boletim de ocorrência. Por hora estamos reunindo tudo para fazer uma denúncia por ameaças contra meu pai. Além disso, vamos até a Rodoviária de Santos, onde vamos tentar encontrar as imagens das câmeras de monitoramento”, conclui.

Em nota, a diretoria do Sindtáxi Santos afirma que orienta os profissionais para que exerçam suas atividades obedecendo as leis. A instituição afirma ainda que cabem às autoridades competentes, a fiscalização do transporte clandestino e a apuração de possíveis desvios de conduta.

Por LG Rodrigues
Fonte: G1

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