Advogado é julgado por matar motorista com arma de fogo em briga de trânsito

goo.gl/jpvU2c | O advogado Adahil Luiz Benedito, de 63 anos, é julgado pelo homicídio de Leandro Lemes dos Santos, de 33 anos, e por tentar matar Jaison dos Reis Alves, 25, durante uma briga de trânsito em Goiânia. Segundo as investigações, as vítimas buzinaram para o réu, o que começou toda a discussão. A defesa alega que o ato foi uma legítima defesa.



Advogado Adahil Luiz Benedito é acusado de matar homem em briga de trânsito (Foto: Vitor Santana/G1)

Segundo o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que preside o julgamento, o caso aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011 na GO-060, próximo ao Terminal Padre Pelágio. “As causas da discussão não ficaram muito bem esclarecidas no processo. O que se sabe é que as vítimas estavam em um carro atrás do veículo do réu e buzinaram para ele. Em seguida discutiram, pararam o automóvel na frente do advogado, desceram e foram tirar satisfação”, explicou.

Segundo o processo, os três começaram a brigar quando o réu sacou a arma e atirou contra as vítimas. Um tiro acertou Leandro, que morreu no hospital, e outro em Jaison, que foi socorrido e sobreviveu.

A mãe de Leandro, a dona de casa Edna Sanches, disse que até hoje não entende ao certo o que causou a morte do filho. “O que fiquei sabendo é que meu filho pediu para o homem não atirar porque o amigo dele [Jaison] estava bêbado. Parece que eles estavam discutindo desde um posto de gasolina, acho que o amigo do meu filho falou algo lá que ele não gostou e começou tudo isso”, disse.

O Ministério Público pede que  o réu seja condenado por homicídio e tentativa de homicídio. “Se não fosse essa sequência de agressão, nós iríamos pedir a absolvição, porque seria legítima defesa a uma agressão. Porém, o acusado também participou das agressões anteriores, das discussões, então ele também tem culpa, não sendo mais legítima defesa”, argumentou o promotor Paulo Pereira dos Santos.

Já a defesa pede a absolvição do advogado. “Na época do fato ele era agente da Polícia Federal e tinha porte de arma, tudo registrado. Ele saiu de Trindade dirigindo e os dois rapazes começaram a discutir com ele no trânsito, fecharam o carro dele em um semáforo, desceram e começaram a agredi-lo com socos e tapas. A única defesa dele foi atirar. Foi legítima defesa”, sustentou o advogado Airton Oliveira Carvalho.



Briga de trânsito começou após vítimas buzinarem para o carro do réu (Foto: Vitor Santana/G1)

Por Vitor Santana
Fonte: G1

0/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

Anterior Próxima