Mais jovem juiz federal do Brasil dá dicas de como ser aprovado em um concurso, confira!

bit.ly/dicas-serjuiz | Piauiense Pedro de Oliveira Santos foi aprovado em 1º lugar para juiz federal. Magistrado dá dicas bem interessantes de como conseguir uma aprovação em concurso público.

“Não sou superdotado. Todos os resultados que obtive são fruto da determinação e de muito esforço”. A fala é do piauiense Pedro Felipe de Oliveira Santos, que aos 25 anos se tornou o mais jovem juiz federal do país. Segundo ele, o caminho para a conquista de uma das 29 mil vagas de servidor público, que estão disponíveis, deve ser trilhado com muita dedicação, organização e perseverança.

Foi com essa receita, que Pedro Santos conseguiu ser aprovado para procurador do estado de Alagoas, defensor público do estado do Piauí (em 1º lugar), defensor público do estado de Alagoas, Defensor Público da União (em 1º lugar) e juiz federal (1º lugar). Tudo isso nos últimos cinco anos.

Para o jovem magistrado os concurseiros não devem encarar as provas com medo ou receio. “Desde cedo, comecei a fazer muitas provas. Inscrever-se em concursos públicos e resolver questões é um excelente termômetro para detectar quais os pontos a melhorar e as disciplinas que demandam mais tempo de estudo”, explica.

Em entrevista  ao G1 Piauí, Santos fala sobre estudos, aprovações e a importância das derrotas para a vitória futura. “Não tenho constrangimento em declarar que para alcançar suadas aprovações, vivenciei tristes reprovações. Hoje não tenho dúvidas do quanto as derrotas me ajudaram a crescer”, ensina.

Como recebeu a notícia de que foi o primeiro colocado no concurso juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª região?

A aprovação em primeiro lugar foi uma grande surpresa! Por outro lado, entendo se tratar de uma circunstância relativamente fortuita, pois a seleção é muito rigorosa de modo que os 54 aprovados, em um universo de 8.374 inscritos, encontram-se igualmente bem preparados.

Qual era sua rotina de estudo?

A aprovação em qualquer concurso público consiste em projeto de longo prazo, desde o momento inicial da preparação até a realização das provas. Para o concurso da magistratura, assim como a maioria dos candidatos, tive que conciliar trabalho e estudo, o que não foi nada fácil. Mantinha uma rotina média de 7 horas diárias de estudos. Tentava gozar as minhas férias nas datas próximas às provas, período em que intensificava as leituras, alcançando jornadas de até 14 horas.

Minha metodologia para a prova objetiva sempre privilegiou a prática de exercícios e a análise de provas de certames anteriores, combinadas com estudos de doutrina e de jurisprudência. Somente a prática exaustiva consolida em nossa mente o conhecimento obtido nas leituras. Diariamente, destinava boa parte do meu tempo de estudos para responder questões. Posteriormente, conferia as respostas e analisava, item por item, os meus erros e acertos, elencando pontos de conteúdo que exigiam maior aprofundamento.

Para a fase subjetiva, com questões de análise e sentenças, realizei um estudo específico da banca examinadora, detectando seus posicionamentos e temas de maior predileção. Para a prova oral, aprofundei a revisão dos temas do edital e realizei várias simulações com outros colegas candidatos. Essa última etapa é bastante especial, pois o nosso estudo,
tradicionalmente, baseia-se em leituras, e não em exposições orais.

Qual ensinamento você pode passar para os concurseiros que seja fruto da sua experiência pessoal?

Não me recordo de quantos concursos participei ao todo. E parte justamente dessa constatação a melhor contribuição que posso oferecer aos concurseiros: não há momento ideal para começar a se inscrever. Percebo que muitos colegas sempre falam: ‘Pretendo fazer concursos. Inicialmente, estudarei todos os editais por um prazo de tantos meses. Posteriormente, quando me sentir preparado, começarei a fazer as provas’.

Por óbvio, cada pessoa encontrará o seu método ideal. Entretanto, se questionado o motivo pelo qual logrei tantas aprovações em um curto espaço de tempo, eu não titubearia: desde cedo comecei a fazer muitas provas. Inscrever-se em concursos públicos e resolver as questões é um excelente termômetro para detectar quais os pontos a melhorar e as disciplinas que demandam mais tempo de estudo. Além disso, perde-se paulatinamente o ‘medo’ de fazer provas, o que deixará o candidato mais tranquilo no tão esperado dia do teste.

Qual a dica para aquelas pessoas que está há muito tempo estudando, mas ainda não consegui uma aprovação?

É preciso ousar e abandonar a zona de conforto. O candidato jamais se sentirá integralmente preparado. O conteúdo é vasto. Estuda-se direito constitucional, esquecem-se alguns detalhes do direito administrativo; volta-se para administrativo e esquecem-se outros temas essenciais de Penal, e assim por diante. Nunca me senti 100% em nenhuma prova.

Não tenho dúvidas de que isso seria humanamente impossível. Reitero: a meta do concurseiro não é gabaritar a prova, mas simplesmente alcançar um conhecimento geral das disciplinas e obter uma boa soma de pontos, que garanta a aprovação. Não devemos ter medo de ‘dar a cara a tapa’. É preciso perder o receio da reprovação, de ser zoado pelos colegas, de decepcionar os familiares ou a si.

Como lidar com as derrotas?

Não tenho constrangimento em declarar que, para alcançar suadas aprovações, vivenciei tristes reprovações. Hoje não tenho dúvidas do quanto as derrotas me ajudaram a crescer. Não apenas por terem tornado mais saborosa a vitória, mas porque me auxiliaram a obter diagnósticos precisos dos rumos que eu deveria dar aos meus estudos. Do ponto de vista emocional, cada reprovação demanda uma virada de página e a obtenção de forças para seguir adiante. Desistir, nunca! É preciso aprender a analisar fria e objetivamente cada derrota, detectando os erros, os conteúdos que demandam mais atenção e as necessárias mudanças de enfoque.

Quem lhe incentivou a fazer concurso público? E por que esta pessoa foi tão importante neste processo?

A família tem uma função primordial nesse processo de estudos. Meus pais e minha família foram inspiração e exemplo constante de determinação, de disciplina e de renúncia. Muito além disso, ofereceram o estímulo e a força para que eu tomasse decisões valiosas e seguisse adiante. Acreditaram em meu êxito, mesmo nos momentos mais difíceis. Doaram-se por inteiro e, por vezes, adiaram os seus próprios sonhos para que eu pudesse realizar os meus. Sem eles, não teria obtido nenhuma vitória.

Como foi sua vida acadêmica no ensino fundamental, médio e superior? Foi uma criança ou adolescente superdotado?

Por um grande esforço dos meus pais, estudei no Instituto Dom Barreto, em Teresina, no Piauí. Trata-se de uma das melhores escolas do país, conforme atesta anualmente o ranking das instituições com maiores notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nos 15 anos em que lá estive, recebi uma formação interdisciplinar fantástica. Além das disciplinas comuns, tive aulas de xadrez, latim, empreendedorismo, filosofia e sociologia. Mais do que ensinamentos curriculares, o grande trunfo da instituição é o estímulo permanente à leitura e à formação de cidadãos pensantes e autônomos.

Posteriormente, cursei direito na Universidade de Brasília (UnB), cujo currículo também tem enfoques interdisciplinar e filosófico muito fortes. Esses aspectos foram fundamentais para a formação de minhas bases profissional e pessoal, inclusive sob um viés humanista.

Não sou superdotado. Sempre procurei ser muito disciplinado nos estudos. Todos os resultados que obtive são fruto da determinação e de muito esforço.

*Matéria do dia 11/12/2014, servindo aqui como grande motivação e inspiração para todos!

Fonte: g1 globo 

32/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

  1. Tinha que ter uma lei que aprovaria para cargo de juiz, aquele que possuir 35 anos ou mais para exercer o mesmo. Juízes com essa idade, eles não tem maturidade alguma para condenar e decidir a vida das pessoas.

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    1. Concordo, mas eu acho que a vaga dele deveria estar garantida assim que completasse os 35, até lá ele ficaria auxiliando o trabalho para assim poder assumir o cargo na idade referida.

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    2. Maturidade: não significa o quanto você viveu, significa o quanto você aprendeu.

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    3. Idade não significa nada! Ele estudou e obteve várias conquistas pelo esforço dele. Nada mais justo do que o esforço dele ter sido recompensado com as aprovações. Aposto que você está sentindo um pontinha de inveja, por ele ser tão novo e já com um cargo excelente!

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    4. Meu Deus, quanta inveja kkkkk. Ele ctz leu bem mais que a maioria das pessoas com 35 anos da terra....

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    5. Concordo com vc Johan. Agora com essa vida é bem mais facil né. Vai eu que estudei a vida toda em escola pública, onde mais tinha greve do que aula, e comecei a trabalhar e estudar aos 16 anos. Chega a ser desanimador. Mas ele não tem culpa disso. Por tudo isso é que acho muita injustiça a tal meritocracia.

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    6. Parabéns pelo foco e determinação em seu objetivo, pois merece nossa admiração. No entanto, vejo que muitos estão confundindo ter maturidade, com a quantidade de leitura ou o conhecimento técnico-juridico. Na verdade maturidade é o momento em que um indivíduo se encontra em um último estágio de desenvolvimento, isto é, espaço de tempo de uma vida compreendido entre a juventude e a velhice, demarcando o ápice da capacidade mental de um indivíduo. Assim, o percurso de uma vida mais madura, contam significativamente, na hora de decidir a vida de um indivíduo, pois vc é um juiz e mesmo sendo legalista, a empatia está intrínseco ligada a conjunto de experiências, que claro, devem fazer alguma diferença na decisão de um juiz. Na vida indivíduos, perdem, sofrem, ganham, constituem sua própria família, se divorciam, defendem inúmeras causas, sentem o sofrimento de um cliente, que perde tudo por conta de uma injustiça. Assim, ser aprovado em vários concursos, apesar de ser um grande feito, não tem muito haver com maturidade. Bom, mas respeito aqueles que pensam o contrário.

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    7. Quem sabe daqui a 35 anos vc passe pelo menos na porta de uma faculdade. Palhaçada!

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    8. O conhecimento não tem idade cada um tem oq merece lutar não é fácil nada é fácil muito difícil abandonar algumas coisas para estudar quer todos querem molesa

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  2. Tinha que ter uma lei que aprovaria para cargo de juiz, aquele que possuir 35 anos ou mais para exercer o mesmo. Juízes com essa idade, eles não tem maturidade alguma para condenar e decidir a vida das pessoas.

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  3. Esse jovem provou que tem capacidade entre quase nove mil, passa em primeiro lugar parabéns agi na razão Dr0....

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  4. Tinha que ter uma lei que aprovaria para cargo de juiz, aquele que possuir 35 anos ou mais para exercer o mesmo. Juízes com essa idade, eles não tem maturidade alguma para condenar e decidir a vida das pessoas.

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  5. Invejosos!! Vão estudar para ser um dia igual a ele ✌

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    1. Tinha que ter uma lei , para bloquear respostas idiotas.
      Vão estudar talvez vocês consigam chegar próximo dele .

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    2. Experiência não significa maturidade!!! Logo, ele é um grande merecedor, pois conquistou tudo isso com esforço próprio! Parabéns Santos. Grande vencedor!

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  6. Parabéns! Isso é fruto de uma vida inteira de dedicação. E para quem não , sabe ele irá fazer um curso de formação, antes de assumir o cargo. Aos demais, procurem incentivar e não criticar...Procurem também estudar, que a vitoria é certa como o exemplo acima.

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  7. quem trabalha não tem 14 horas por dia pra estudar

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    1. "Tentava gozar as minhas férias nas datas próximas às provas, período em que intensificava as leituras, alcançando jornadas de até 14 horas."

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  8. simples, o cara e foda e quem ta falando merda e idiota

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  9. Se o cara não tivesse maturidade não teria sido aprovado em tantos concursos como foi!!! ELE É FERA!!!!!

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  10. parabéns Pedro você é e sempre será um vencedor,um dia também passarei no concurso que almejo.

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  11. Ele tem 28 anos agora e fez um Mestrado em Harvard. Tem uma entrevista dele no youtube, e é super humilde!

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  12. O cara é fera, só passou em concursos TOP. As pessoas costumam justificar seu fracasso/ incapacidade atribuindo ao outro algum elemento que o desqualifique (no caso para o cargo de juiz ).

    Maturidade nada tem a ver com "anos de vida". TEM tanto cara com mais de 35 anos com mentalidade de 16, uns mongos...rs

    E o cara que disse que "quem trabalha não tem como estudar 14 horas pra estudar" prova que a maioria da população é preguiçosa pra ler e interpretar as coisas.

    Ele coincidia as férias com a data próxima da prova. Era nas férias que ele estudava 14 horas, oww anta!rs

    Parabéns. Esse me representa.

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    1. Isso mesmo, maturidade nada tem a ver com idade... sem falar que o Juiz tem que saber a Lei, e saber aplicá-la, sendo um dos requisitos a IMPARCIALIDADE, então não adianta crenças pessoais, cada caso é um caso e deve ser analisado conforme o Direito, os Princípios do Ordenamento Jurídico e os costumes quando houver brechas e for necessário aplicar analogias. Uma pessoa imatura, não tem a disciplina que este rapaz teve. Parabéns!

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  13. Parabéns, juiz. Você é um exemplo para nós

    Carlos

    http://concurseiropaulista.com/

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  14. Tenho amigos muito maduros de 20 anos e amigo de 50 que mais parece um moleque de 15 anos. Nada a ver idade com maturidade!

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  15. Quem não tem a prática forense, não vivencia o dia a dia da advocacia, não tem ideia de como atuam a grande maioria desses juizes novos demais. Maturidade conta muito, sim, e muitos desses não se sensibilizam com alguns casos que necessitariam de vivência para ser julgado. Apenas aplicam a lei e não se importam com o que é apresentado nos fatos. Concordo plenamente com o que foi dito por alguns, o juiz deveria ter um requisito minimo de idade, claro que nao quer dizer que isso seja sinonimo de maturidade, mas acredito que seja um ponto que deveria ser observado.

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  16. Vivencio a prática forense. Não acredito que a idade seja um fator preponderante. Acredito que um julgamento justo e sábio depende muito da formação do magistrado e da sua história de vida. No caso específico esse jovem que se tornou Juiz alega ter tido uma formação humanística, o que o ajuda muito na análise dos casos concretos, pois muitas vezes a letra fria da lei e uma apurada técnica não são suficientes para a realização de um julgamento justo e sábio.

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  17. Concordo plenamente com anônimo e com alguns lá de cima, embora ainda vemos muitos comentários sem noção, fundamento nenhum, veja só a situação em que o país se encontra hoje, veja o Supremo e demais Tribunais superiores do país, com tanta gente incompetente, criando decisões somete para favorecer os seus, julgando com pessoalidade sem técnica algum...esse jovem juiz ainda vamos falar muito dele...boa sorte nessa jornada...

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  18. Depois que são aprovados, eles mesmos reclamam da própria pouca idade e da falta de experiência de vida.

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