goo.gl/rWH0VL | A cada notícia de tecnologia, um misto de surpresa e medo. “Estamos cada vez mais próximos de um mundo altamente robotizado, eu sei, mas tão perto assim? Qual será o nosso papel, no fim das contas?” pensei, por um instante, enquanto meus olhos, vidrados na tela do computador, me informaram que o mais novo advogado no pedaço é um sistema de dados, com computação cognitiva – isto é, aprende conforme o uso da plataforma – e utilidade de dar inveja a qualquer workaholic.

Mas, afinal, quem é ele? O jurista se chama Ross, e sua semelhança com o famoso personagem de Friends limita-se unicamente ao nome. Ross é uma criação dos estudantes da Universidade de Toronto e foi baseado no supercomputador Watson, da IBM.

Ainda em fase de testes, o programa possui base jurisprudencial e legislativa de todos os países e, em breve, será oferecido aos escritórios de advocacia como uma ferramenta de busca rápida, que responde questões jurídicas a partir de seu “super cérebro”.

O advogado virtual já se parece com uma plataforma comumente usada pelos advogados brasileiros, mas promete revolucionar o modelo. O usuário faz sua pergunta à Ross, que lhe dá uma resposta concreta a partir de um precedente. Até aí, ok, nada de novo no front. Mas não para por aí.

O maravilhoso advogado ainda sugere leituras relevantes ao tema e as chances – sim, a porcentagem – de a resposta estar correta; ou seja, a chance de você ganhar a sua causa.

Sim, meus amigos e minhas amigas, pode parecer bizarro, pode parecer estranho, mas é isso mesmo. Agora, a IBM anunciou que dará livre acesso aos estudantes e realizará investimento na startup dos estudantes criadores de Ross, para que possam vender o serviço. Quem pode imaginar o que o futuro nos reserva?

Por Natalie Garcia
Fonte: justificando cartacapital