Ciberataques afetam órgãos públicos, TJ teve dezenas de computadores infectados

goo.gl/FRgcmJ | No Brasil, os ataques também afetaram empresas e órgãos públicos.

Eram 15h quando a mensagem de alerta chegou pelo celular. O Tribunal de Justiça de São Paulo mandou todos os funcionários desligarem os computadores imediatamente.

Às 18h45 no fórum regional de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, os computadores de um cartório permaneciam desligados. Eles foram desativados preventivamente. A Justiça de São Paulo tem em todo o estado 55 mil computadores, e segundo o tribunal apenas algumas dezenas deles foram infectados. Ou seja, a maior parte dos dados está preservada.

“A população pode ficar tranquila, as informações relativas a processos, qualquer comunicação com a Justiça está preservada, apenas dados pessoais de alguns dos nossos usuários podem ter sido atingidos por esse vírus”, destaca o juiz Alessio Martins Gonçalves, juiz assessor da presidência do TJ-SP.

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve o expediente, mas os prazos processuais foram suspensos para efeito de contagem dos processos. Tribunais de Justiça de outros estados tiraram os sites do ar. Os computadores do Ministério Público também foram infectados.

Todos os equipamentos foram desligados e o trabalho suspenso.

Por causa do ataque cibernético, o INSS também decidiu suspender os serviços em todo o país e quem tinha horário marcado vai ter que voltar depois.

A tela que apareceu nos computadores infectados é assim: o vírus embaralha os arquivos e exige uma senha para o usuário recuperar o acesso, explica um especialista.

Os criminosos cobram 300 bitcoins para devolver os dados sequestrados -- o equivalente a R$ 1,6 milhão.

“Não recomendamos que as pessoas ou empresas paguem esse resgate. Em alguns dias, bem provavelmente será divulgado algumas ferramentas por grandes fabricantes, que consigam reverter essa condição da máquina infectada e os dados sejam recuperados, principalmente pelas características e dimensões do ataque, tendo ocorrido em várias organizações em todo o mundo”, explica Carlos Alexandre Borges, segurança da internet.

Fonte: g1 globo

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