Entidade ensina consumidor a identificar 'pegadinhas' dos rótulos de produtos

goo.gl/vo69Gd | Com o objetivo de ajudar a população a entender melhor os rótulos de alimentos industrializados, geralmente cheios de armadilhas, a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, quando é comemorado o Dia Mundial da Saúde, o evento “Tenda da Rotulagem”.

Um dos temas mais discutidos nos últimos tempos na área de saúde e alimentação, os modelos de rotulagem frontal de advertência têm como objetivo informar o consumidor, de forma clara e objetiva, sobre o alto conteúdo de nutrientes que, em excesso, são prejudiciais à saúde. Por meio deste modelo de rotulagem, o consumidor tem garantido o acesso à informação adequada, o que viabiliza escolhas alimentares mais conscientes e mais saudáveis.

- A proposta do evento é que as pessoas possam visualizar e entender a diferença que faz de entendimento se o rótulo tiver os alertas frontais. Como fica mais fácil avaliar se aquele produto é adequado ou não a sua dieta - explicou Paula Johns, diretora da ACT - Promoção em Saúde.

Com a ajuda de especialistas em nutrição ligados à saúde pública, a Tenda da Rotulagem vai apresentar o modelo de rótulos frontais proposto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Universidade Federal do Paraná, que estabelece a inclusão de um selo de advertência na parte da frente da embalagem de produtos processados e ultraprocessados que apresentem excesso de nutrientes críticos — açúcar, sódio, gorduras saturadas e totais — e qualquer quantidade de adoçante e gordura trans. O alerta, um triângulo preto inserido em um box branco com as indicações de “alto em”, foi baseado no selo utilizado pelo Chile. Os critérios para selecionar os produtos que levarão os selos seguem o que estabelece a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a partir de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção de doenças crônicas e excesso de peso. As mudanças nas regras de rotulagem são alvo de discussão na Anvisa, que defende informações mais claras ao consumidor.



Modelo de rótulo frontal proposto pelo Idec - Divulgação

A Aliança lembra que, de acordo com esta proposta, todos os produtos que receberem pelo menos um selo não poderão fazer publicidade dirigida à criança, como a oferta de brindes e a utilização de personagens e desenhos. Também ficará proibida a informação nutricional complementar na forma de alegações sobre as características positivas do produto, como “0% gordura trans” ou “rico em fibras”.

Como identificar se o alimento pode causar alergia


>> Leite

Evitar: soro de leite, gordura anidra de leite, chantilly, proteína láctea, lactato, nata, proteínas do soro, lactose, molho branco, caseína, chocolate, caseína hidrolisada, leite sem ou com baixo teor de lactose, sabor ou aroma de manteiga, margarina, caramelo, baunilha, queijo, caseinato de amônia, leite em pó, traços de leite, caseinato de cálcio, caseinato de magnésio, bebida láctea, caseinato de potássio, leite fermentado, caseinato de sódio, iogurte, proteína do leite hidrolisada, queijos em geral, lactoglobulina, requeijão, coalhada, petit suisse, composto lácteo, manteiga, lactoferrina, fosfato de lactoalbumina, leite condensado, doce de leite, creme de leite.

>>  Ovo

Evitar: albumina, grânulo, ovovitelina, clara, lipoproteína de baixa densidade, plasma, conalbumina, lecitina, ovo de galinha, flavoproteína,livetina, ovo em pó, fosvitina, lipovitelina, maionese, gema, lisozima (E1 105), simplesse, ovoglobulina, ovomucina, gemada, sólidos de ovo, ovomucóide, merengue, ovotransferrina, vitelina, globulina, ovalbumina.

>> Amendoim

Evitar: amendoim, proteína hidrolisada de amendoim, castanhas artificiais ou naturais (risco de traços), gordura vegetal, óleo de amendoim, torrone, farinha de amendoim, marzipan, manteiga de amendoim e chili.

>> Oleaginosas, as nuts

Evitar: amêndoa, pecã, óleos vegetais, como o de amêndoa, avelã,pistache, marzipan, castanha de caju, macadâmia, molho pesto, castanha do Brasil (ou do Pará), noz, praliné, pinoli, gianduia.

>> Crustáceos

Evitar: Camarão, marisco, siri, caranguejo, ostra, tropomiosinas, lagosta, parvalbuminas, molhos de salada, lula, polvo, tempero de comida oriental.

>> Peixe

Evitar: peixes, kani, peixe também é usado para clarificar algumas bebidas,molho de salada Cesar ou Worcestershire (que podem ter anchova), surimi, bouillabaisse (uma sopa), algumas caponatas.

>> Soja

Evitar: glicinina, farinha de soja, tamari, conglicinina, missô, tao-cho, globulinas, natto, tao-si, gordura vegetal, óleo de soja e derivados, taotjo,edamame, proteína vegetal texturizada (PVT), tempeh, hemaglutinina, proteína isolada de soja, teriyaki, inibidor de tripsina, proteínas do soro, tofu, isofl avonas, shoyo, uréase, lecitina, soja, yuba, lipoxigenase, sufu, ß-amilase.

>> Trigo

Evitar: farinha de trigo, bolos, biscoitos/bolachas, farelo de trigo, mistura para pão, glúten, flocos de trigo, mistura para bolo, temperos prontos,pães, cuscuz, sopas prontas.

>> Glúten

Evitar: aveia, farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, centeio,farinha de trigo integral, pães, bolos, massas e biscoitos feitos com algum desses cereais, cerveja, flocos de aveia, vodca, cevada, flocos de trigo, uísque, farelo de aveia, gim, farelo de trigo e malte.

Entidades que defendem novas regras para a rotulagem de alimentos reforçam que a tabela nutricional e a lista de ingredientes também devem ser aprimoradas, ambas apresentando tamanho mínimo de letra e tipografia específica, espaçamento adequado entre os itens e fundo branco que garanta contraste para a leitura das informações. Além disso, afirmam, a lista de ingredientes deve ser apresentada junto à tabela nutricional para dar mais destaque às suas informações. Também deverá apresentar a quantidade de ingredientes do produto, além de juntar ingredientes similares como açúcares e aditivos alimentares. As informações contidas na tabela nutricional deverão ser expressas por 100g ou por embalagem, e a quantidade de açúcar deverá constar entre os ingredientes obrigatórios.

Fonte: oglobo.globo.com

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