Cuidado! Você pode estar assediando alguém no ambiente de trabalho e não sabe

goo.gl/Fx2ECe | Durante duas décadas, Harvey Weinstein, o produtor mais poderoso de Hollywood, assediou mulheres da indústria do cinema. Mas foi apenas, no último mês, que dezenas de atrizes, modelos, funcionárias e diretoras vieram a público denunciar o executivo.

A repercussão empoderou outras vítimas a apontarem o dedo para diferentes homens famosos. Kevin Spacey, Ben Affleck, Terry Richardson, George Bush, Dustin Hoffman, Ed Westwick e Charlie Sheen são alguns nomes que apareceram recentemente em escândalos de assédio sexual e estupro.

Vítimas de idades e gêneros diferentes foram ouvidas em extensos processos de investigação de jornais e portais de notícias.

As queixas movimentaram debates não só sobre assédio sexual, mas sobre esse tipo de violência no local de trabalho — a maioria dos crimes teria ocorrido com pessoas que conheceram os famosos através de filmes e campanhas publicitárias. Além disso, alguns abusos aconteceram em ambientes e pretextos profissionais.

Para quem ainda não entendeu o que é o abuso sexual no trabalho e para quem pode estar praticando essa violência sem saber, reunimos as situações de assédio mais frequentes em locais profissionais. Também explicamos por que esses momentos podem ser enquadrados como violência.

O que é?

A psicóloga e administradora de Recursos Humanos Rita Brum entende o assédio sexual no trabalho como constranger alguém com gestos, palavras, pedidos impertinentes e/ou oferecimento de benefícios em troca de favores sexuais.

Já a professora de pós-graduação em Direito Patrícia Bertolin aponta que este tipo de comportamento aparece no artigo 216-A do Código Penal brasileiro. E ressalta: o uso de hierarquia superior para coagir a vítima, a promessa de tratamento diferenciado caso o assédio seja aceito e a represália no caso de recusa ajudam a configurar o crime no trabalho.

Confira os casos abaixo

Comentários sobre beleza e dotes físicos

Convites insistentes para ir a um local sem relação com o trabalho

Toques indesejados, como abraços apertados e prolongados e beijos no rosto

Exibição ou envio de nudes

Exigência que a funcionária se vista de forma sensual

Perguntas embaraçosas sobre vida pessoal da vítima

Denúncias

“Em países machistas como Brasil, quando se sabe de um caso de assédio ou estupro, rapidamente é questionado se a mulher não causou essa prática”, afirma a professora de Direito Patrícia.

A especialista em Recursos Humanos Rita aconselha as vítimas a coletarem provas e acharem testemunhas para provar o crime. “Essa é uma atitude difícil de documentar, porque geralmente é cometida de forma sorrateira”.

Rita diz que a empresa precisa entender o que configura assédio sexual e como pode manchar a imagem da organização. “Muitas vezes os chefes não sabem que determinadas atitudes com tons de ‘brincadeira’ podem ser, na verdade, assédio sexual”.

Por Isabella Cavalcante
Fonte: www.metropoles.com

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