http://goo.gl/gceIbT | “Levo uma vida de monja", revela a estudante Cristina dos Santos, de 25 anos. Desde que decidiu tentar entrar no curso de medicina, a jovem de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, abandonou a vida social agitada para se dedicar aos estudos. Formada em educação física, a personal trainer conta que também não sobra tempo para se exercitar. "O máximo que eu faço, agora, é subir os seis andares de escada do meu prédio", afirma. Cristina frequenta dois cursinhos preparatórios e ainda estuda em casa. Em média, são cerca de 14 horas de estudos por dia. Com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chegando, ela garante que a dedicação é ainda maior.
Cristina se formou na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) há três anos. “Eu acabei fazendo o curso porque, quando sai do Ensino Médio, minha família passou por dificuldades financeiras e não tinha dinheiro para pagar um cursinho”, explica. Depois de formada, a jovem deu aula em pelo menos seis academias da cidade. Mas, com o passar dos meses, foi ficando desanimada com a profissão. “Além de não estar feliz, o pouco que eu ganhava não compensava o tanto que eu trabalhava”, revela.
Foi, então, que Cristina decidiu que estava na hora de mudar. “Eu passava todos os dias em frente a um cursinho, cheio de adolescentes, e pensava: será?”, lembra. A família da jovem apoiou a ideia, e ela voltou a estudar. “Em 2012, fiz cursinho por seis meses. Como eu tinha saído da escola há muito tempo, apanhei no vestibular e no Enem. No outro ano, em 2013, eu trabalhava e estudava, mas não foi suficiente. Agora, eu me dedico apenas aos estudos”, explica.
Deixar o trabalho e parar de ganhar o próprio dinheiro foi uma das coisas que a jovem destaca como mais difíceis de todo o processo. Ela mora com os pais – o pai é bombeiro e a mãe, dona de casa – e as duas irmãs no Centro da cidade. “Até para fazer um lanche, agora, eu preciso pedir dinheiro para o meu pai”, diz. Mas a situação não desanima, de maneira nenhuma, a estudante. “Eu sei que é algo temporário”, afirma.
“Para mim, o domingo é sagrado. Eu tiro o dia para descansar, para ficar com a minha família e com o meu namorado”, explica. Cristina diz que seus fins de semana mudaram bastante desde que ela voltou a estudar. “Antes, eu saía e festava um monte com os meus amigos, com o meu namorado. Agora fico mais em casa e nos cursinhos", afirma. Mas a jovem garante que o namorado e os amigos entendem a mudança de rotina e que dão todo o apoio necessário.
Fonte: g1.globo.com
Cristina se formou na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) há três anos. “Eu acabei fazendo o curso porque, quando sai do Ensino Médio, minha família passou por dificuldades financeiras e não tinha dinheiro para pagar um cursinho”, explica. Depois de formada, a jovem deu aula em pelo menos seis academias da cidade. Mas, com o passar dos meses, foi ficando desanimada com a profissão. “Além de não estar feliz, o pouco que eu ganhava não compensava o tanto que eu trabalhava”, revela.
Foi, então, que Cristina decidiu que estava na hora de mudar. “Eu passava todos os dias em frente a um cursinho, cheio de adolescentes, e pensava: será?”, lembra. A família da jovem apoiou a ideia, e ela voltou a estudar. “Em 2012, fiz cursinho por seis meses. Como eu tinha saído da escola há muito tempo, apanhei no vestibular e no Enem. No outro ano, em 2013, eu trabalhava e estudava, mas não foi suficiente. Agora, eu me dedico apenas aos estudos”, explica.
Deixar o trabalho e parar de ganhar o próprio dinheiro foi uma das coisas que a jovem destaca como mais difíceis de todo o processo. Ela mora com os pais – o pai é bombeiro e a mãe, dona de casa – e as duas irmãs no Centro da cidade. “Até para fazer um lanche, agora, eu preciso pedir dinheiro para o meu pai”, diz. Mas a situação não desanima, de maneira nenhuma, a estudante. “Eu sei que é algo temporário”, afirma.
Rotina
De segunda-feira a sexta-feira, das 7h10 às 12h20, a estudante assiste às aulas em um cursinho que oferece conteúdos gerais. À tarde, das 14h às 18h, Cristina estuda matérias específicas em outro cursinho. Neste último, ela ajuda, eventualmente, na recepção em troca de uma disciplina de graça. Pela noite, até as 22h, a jovem se dedica aos estudos em casa. “No começo, foi bastante difícil. Eu não estava acostumada a ficar sentadinha, quietinha, estudando. Hoje, já me adaptei”, afirma. Ela também tem aula aos sábados.“Para mim, o domingo é sagrado. Eu tiro o dia para descansar, para ficar com a minha família e com o meu namorado”, explica. Cristina diz que seus fins de semana mudaram bastante desde que ela voltou a estudar. “Antes, eu saía e festava um monte com os meus amigos, com o meu namorado. Agora fico mais em casa e nos cursinhos", afirma. Mas a jovem garante que o namorado e os amigos entendem a mudança de rotina e que dão todo o apoio necessário.
Enem
Poucos dias antes do Enem, a jovem diz que está estudando ainda mais. “A cada ano, a prova vai ficando mais elaborada e é preciso que o preparo também seja maior”, acredita. Cristina que fazer medicina na UEPG ou na Universidade Federal do Paraná (UFPR). “A nota do Enem vai me ajudar muito”, explica. Ainda segundo a jovem, o resultado do exame também pode fazer com que ela ingresse em alguma universidade fora do Paraná. “Se eu passar, eu vou. Se não conseguir desta vez, vou continuar tentando porque não há idade para fazer o que se quer”, conclui.Fonte: g1.globo.com