Segundo ele, o simples toque em partes íntimas sem o consentimento da outra pessoa é considerado estupro, diferente do que a lei apontava antes. E conforme contou Xavier, as clientes defendidas por ele relataram que elas eram submetidas a toques desta natureza, além do sexo oral.
O advogado Álvaro Alexandre Xavier ainda ressaltou que após a entrevista concedida por ele à Rádio Rural, na manhã de quinta-feira, 06, mais mulheres entraram em contato dizendo que haviam sido vítimas do homem. Conversas foram marcadas para analisar a situação.
Novas vítimas
Xavier acredita que a partir de agora, com a ampla divulgação por parte da imprensa, mais casos deverão ser confirmados. Ele ainda conta que há clientes do advogado suspeito em Concórdia, além de Joaçaba, Piratuba, Capinzal e Irani. No entanto, para ele deve haver vítimas em mais municípios que ainda não vieram à tona.A identidade e a cidade deste advogado suspeito deverão ser divulgados já na próxima semana, segundo Xavier. As vítimas já foram intimadas pelo Ministério Público e um inquérito foi instaurado.
Na entrevista desta quinta-feira, advogado Álvaro Alexandre Xavier explicou como os casos aconteciam. "Os abusos aconteciam no próprio escritório. Segundo relatos de clientes, o suspeito passava a mão nos seios das vítimas e as obrigava a fazer sexo oral", disse Xavier.
O caso
Um advogado que atua na região foi denunciado ao Ministério Público (MP) por supostos crimes sexuais contra ao menos 12 clientes mulheres. O advogado Álvaro Alexandre Xavier, que representa as vítimas, confirmou que uma Representação Criminal foi encaminhada ao MP.Segundo o advogado das vítimas, são vários crimes contra a liberdade sexual, confirmando que houve abusos sexuais e que o advogado exigia favores em troca de serviços e ameaçava as vítimas caso elas não se submetessem. Os crimes estariam sendo cometidos entre 10 e 15 anos e as vítimas seriam de vários municípios da região, entre eles Joaçaba, Capinzal, Piratuba e Irani. O nome do suspeito e a cidade onde mora não foram divulgados por que o processo ainda está em fase inicial.
Outro advogado das vítimas, Marco Antonio Vasconcelos Alencar Jr., informa que já são 16 vítimas, mas a representação ao MP foi por 12 delas. As outras 4 vítimas entraram em contato posteriormente ao protocolo do documento no MP. Ainda segundo ele, citando casos parecidos e com a mesma gravidade, recentemente em Xanxerê um médico foi preso pelo mesmo tipo de crime, assim como no caso do ex-médico Roger Abdelmassih, preso no Paraguai quando já estava condenado por 52 estupros e foragido. Todos os crimes foram cometidos contra clientes.
Fonte: radiorural.com.br