http://goo.gl/4rTPPJ | Mesmo antes de nascer, a pequena Isabelly frequenta cursos de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio. A mãe dela, Cleonice Teresinha Alberti, vai fazer a prova do Enem, no próximo sábado (8) e domingo (9). Há 11 anos longe das salas de aula e grávida de oito meses e meio do primeiro filho, ela vê no Enem uma oportunidade de conseguir fazer um curso superior em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
Cleonice tem 28 anos e mora desde março de 2014 com um irmão na cidade, quando deixou o Rio Grande do Sul atrás de oportunidades. O esposo mora em Pelotas, onde trabalha, e ajuda Cleonice a se manter em Chapecó para estudar. "É uma região que cresce bastante e tem muitas oportunidades de emprego, de estudo", afirma a futura mãe.
"Eu ia dedicar este ano para estudar e engravidei. Mas mantive esse objetivo. Tem uma hora que a gente amadurece um pouco mais. Agora incentivo minhas sobrinhas. Estudo ninguém te tira", afirma a estudante. Segundo ela, a gestação não atrapalha a rotina de estudos. "É uma experiência nova. A minha gestação não atrapalha em nada. Está sendo maravilhoso!", diz.
Com a nota do Enem ela pretende cursar Agronomia ou Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul. Cleonice também vai tentar uma bolsa de estudos para cursar Arquitetura e Urbanismo, Ciência Biológica ou Assistência Social em uma universidade particular do Oeste.
"O Enem espero que dê para fazer. Assim que passar a prova eu completo nove meses. Já o vestibular, no dia 23 de novembro, não sei se vai dar", diz a mãe sobre a possibilidade de Isabelly nascer antes das provas.
Cleonice pretende dedicar o primeiro semestre de 2015 a cuidar da filha e o segundo para iniciar a graduação. "Optei por cursos que iniciam no segundo semestre de 2015. Não tenho com quem deixar a nenê." Além de cuidar da filha e da graduação, ela quer voltar a trabalhar. "Sempre tive meu salário. Não dá para ficar dependendo de outras pessoas", argumenta.
No ano passado, o governo federal decidiu redobrar os cuidados com as candidatas grávidas e na mesma edição uma delas chegou a entrar em trabalho de parto enquanto fazia o exame no Piauí. A estudante Elane da Silva, de 21 anos, conseguiu ainda o direito de refazer a prova após um mês do nascimento da filha e após não conseguir aprovação ela fará o Enem novamente em 2014.
Como parte do atendimento específico a essas mulheres, o Inep notificou os municípios onde elas fariam o Enem para mapear hospitais próximos do local de provas, além de pedir o apoio de profissionais de saúde no local. Em alguns locais de prova, as gestantes receberam ainda apoios para as pernas e mesas e cadeiras sem braço.
O atendimento ajuda a que mais estudantes grávidas não deixem a prova de lado por falta de condições adequadas para enfrentar a maratona de mais de nove horas, com 180 questões de múltipla escolha e uma redação.
Fonte: g1.globo.com
Cleonice tem 28 anos e mora desde março de 2014 com um irmão na cidade, quando deixou o Rio Grande do Sul atrás de oportunidades. O esposo mora em Pelotas, onde trabalha, e ajuda Cleonice a se manter em Chapecó para estudar. "É uma região que cresce bastante e tem muitas oportunidades de emprego, de estudo", afirma a futura mãe.
"Eu ia dedicar este ano para estudar e engravidei. Mas mantive esse objetivo. Tem uma hora que a gente amadurece um pouco mais. Agora incentivo minhas sobrinhas. Estudo ninguém te tira", afirma a estudante. Segundo ela, a gestação não atrapalha a rotina de estudos. "É uma experiência nova. A minha gestação não atrapalha em nada. Está sendo maravilhoso!", diz.
Com a nota do Enem ela pretende cursar Agronomia ou Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul. Cleonice também vai tentar uma bolsa de estudos para cursar Arquitetura e Urbanismo, Ciência Biológica ou Assistência Social em uma universidade particular do Oeste.
"O Enem espero que dê para fazer. Assim que passar a prova eu completo nove meses. Já o vestibular, no dia 23 de novembro, não sei se vai dar", diz a mãe sobre a possibilidade de Isabelly nascer antes das provas.
Cleonice pretende dedicar o primeiro semestre de 2015 a cuidar da filha e o segundo para iniciar a graduação. "Optei por cursos que iniciam no segundo semestre de 2015. Não tenho com quem deixar a nenê." Além de cuidar da filha e da graduação, ela quer voltar a trabalhar. "Sempre tive meu salário. Não dá para ficar dependendo de outras pessoas", argumenta.
Grávidas no Enem
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 9.256 candidatas grávidas fizeram inscrição no Enem. A quantidade de mulheres gestantes que decidiram participar das provas do Ministério da Educação cresceu 34% entre 2013 em 2014, em uma taxa mais alta do que o aumento no número total de candidatos, que foi de 21% no mesmo período.No ano passado, o governo federal decidiu redobrar os cuidados com as candidatas grávidas e na mesma edição uma delas chegou a entrar em trabalho de parto enquanto fazia o exame no Piauí. A estudante Elane da Silva, de 21 anos, conseguiu ainda o direito de refazer a prova após um mês do nascimento da filha e após não conseguir aprovação ela fará o Enem novamente em 2014.
Como parte do atendimento específico a essas mulheres, o Inep notificou os municípios onde elas fariam o Enem para mapear hospitais próximos do local de provas, além de pedir o apoio de profissionais de saúde no local. Em alguns locais de prova, as gestantes receberam ainda apoios para as pernas e mesas e cadeiras sem braço.
O atendimento ajuda a que mais estudantes grávidas não deixem a prova de lado por falta de condições adequadas para enfrentar a maratona de mais de nove horas, com 180 questões de múltipla escolha e uma redação.
Fonte: g1.globo.com