http://goo.gl/WrrW0i | Brittany Maynard, a jovem americana de 29 anos que decidiu encerrar a própria vida após ser diagnosticada com um câncer incurável no cérebro, morreu no último sábado, informou a ONG Compassion & Choices (Compaixão e Escolhas, em tradução literal). "Ela morreu em paz, em sua cama, rodeada por sua família", disse a organização, que se dedica a assessorar doentes terminais que optam pela eutanásia ou pelo suicídio assistido.
Em uma história que comoveu os Estados Unidos e o mundo, a jovem anunciou que decidiu abreviar a própria vida para não sofrer mais com as dores e convulsões causadas pelo tumor e com os fortes efeitos adversos do tratamento paliativo – o câncer estava em um estágio irreversível. "Eu rapidamente decidi que a morte com dignidade era a melhor opção para mim e para a minha família", escreveu Brittany em um depoimento à CNN publicado em outubro.
O câncer foi descoberto em janeiro, pouco mais de um ano depois do casamento de Brittany. O tumor avançou rapidamente e com agressividade, e os médicos deram apenas mais alguns meses de vida para a jovem. Eles também explicaram que a evolução da doença provocaria um grande sofrimento antes da morte. "Nenhum tratamento salvaria a minha vida, e as terapias recomendadas destruiriam o tempo que me resta", escreveu ela, explicando sua decisão.
Brittany cometeu o suicídio assistido ingerindo um medicamento prescrito para essa finalidade e morreu em sua casa em Portland, no estado do Oregon, um dos cinco nos EUA que autorizam esse tipo de procedimento para pacientes terminais. Ela e sua família se mudaram da Califórnia para lá em junho por causa disso. Em um vídeo divulgado na quarta, Brittany revelou que pensava em adiar a sua morte, mas cometeu o suicídio assistido no dia que havia estabelecido desde o princípio, 1º de novembro.
Uma última mensagem da jovem foi postada na página oficial da fundação criada por ela para apoiar a "morte com dignidade". No texto, ela agradece a todos aqueles que a apoiaram durante a vida e a doença. "São as pessoas que param para apreciar a vida e agradecer que são as mais felizes. Se mudarmos nossa forma de pensar, nós mudamos o mundo. Amor e paz para todos", escreveu. Brittany deixa o marido, a mãe e o padrasto.
O primeiro país a permitir brechas na legislação que autorizam a eutanásia foi o Uruguai, em 1934. Em países onde essas práticas são permitidas, como Holanda, Bélgica e Suíça, elas ocorrem após o médico constatar que o indivíduo possui uma condição cuja progressão é irreversível. A decisão de submeter-se aos procedimentos cabe ao paciente, desde que ele esteja consciente e sem diagnóstico depressivo.
No suicídio assistido, é o próprio paciente que atua na morte, tomando um medicamento, por exemplo, enquanto na eutanásia há a intervenção de um profissional de saúde.
De acordo com o governo de Oregon, desde 1997, quando o suicídio assistido passou a ser permitido, 1 173 pessoas no estado obtiveram prescrição de drogas para encerrarem suas vidas, mas apenas 752 tomaram os comprimidos.
Fonte: veja.abril.com.br
Em uma história que comoveu os Estados Unidos e o mundo, a jovem anunciou que decidiu abreviar a própria vida para não sofrer mais com as dores e convulsões causadas pelo tumor e com os fortes efeitos adversos do tratamento paliativo – o câncer estava em um estágio irreversível. "Eu rapidamente decidi que a morte com dignidade era a melhor opção para mim e para a minha família", escreveu Brittany em um depoimento à CNN publicado em outubro.
O câncer foi descoberto em janeiro, pouco mais de um ano depois do casamento de Brittany. O tumor avançou rapidamente e com agressividade, e os médicos deram apenas mais alguns meses de vida para a jovem. Eles também explicaram que a evolução da doença provocaria um grande sofrimento antes da morte. "Nenhum tratamento salvaria a minha vida, e as terapias recomendadas destruiriam o tempo que me resta", escreveu ela, explicando sua decisão.
Brittany cometeu o suicídio assistido ingerindo um medicamento prescrito para essa finalidade e morreu em sua casa em Portland, no estado do Oregon, um dos cinco nos EUA que autorizam esse tipo de procedimento para pacientes terminais. Ela e sua família se mudaram da Califórnia para lá em junho por causa disso. Em um vídeo divulgado na quarta, Brittany revelou que pensava em adiar a sua morte, mas cometeu o suicídio assistido no dia que havia estabelecido desde o princípio, 1º de novembro.
Uma última mensagem da jovem foi postada na página oficial da fundação criada por ela para apoiar a "morte com dignidade". No texto, ela agradece a todos aqueles que a apoiaram durante a vida e a doença. "São as pessoas que param para apreciar a vida e agradecer que são as mais felizes. Se mudarmos nossa forma de pensar, nós mudamos o mundo. Amor e paz para todos", escreveu. Brittany deixa o marido, a mãe e o padrasto.
O fim da vida
Eutanásia, suicídio assistido
O suicídio assistido, assim como a eutanásia, são práticas que abreviam a vida e o sofrimento do paciente com doença incurável.O primeiro país a permitir brechas na legislação que autorizam a eutanásia foi o Uruguai, em 1934. Em países onde essas práticas são permitidas, como Holanda, Bélgica e Suíça, elas ocorrem após o médico constatar que o indivíduo possui uma condição cuja progressão é irreversível. A decisão de submeter-se aos procedimentos cabe ao paciente, desde que ele esteja consciente e sem diagnóstico depressivo.
No suicídio assistido, é o próprio paciente que atua na morte, tomando um medicamento, por exemplo, enquanto na eutanásia há a intervenção de um profissional de saúde.
De acordo com o governo de Oregon, desde 1997, quando o suicídio assistido passou a ser permitido, 1 173 pessoas no estado obtiveram prescrição de drogas para encerrarem suas vidas, mas apenas 752 tomaram os comprimidos.
Fonte: veja.abril.com.br