Homens se passam por clientes e atiram contra advogado no seu escritório em Goiânia

http://goo.gl/YeCWBW | Um advogado, de 30 anos, foi baleado dentro do próprio escritório, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Segundo a colega de trabalho, os criminosos são dois homens que se passaram por clientes e, inclusive, agendaram o atendimento.

“Ele perguntou: ‘Pois não, o que eu posso ajudar?’. E os bandidos falaram: ‘Não doutor, o senhor não vai nos ajudar em nada, viemos aqui só para te matar’. E tirou uma arma da mochila. Ele [advogado] avançou nesse rapaz, eles entraram em luta corporal. Foi disparado sete tiros, três vieram a acertá-lo no braço”, relata a advogada."Eles só foram embora porque pensaram que o advogado estava morto", completa.

Após ser socorrido,  o advogado foi encaminhado a um hospital da capital. De acordo com a família, ele segue internado, pois será preciso passar por uma cirurgia no braço. Apesar dos ferimentos, os familiares afirmam que ele passa bem e tem estado de saúde estável.

Membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção Goiás, o advogado recebia ameaças há um mês. Conforme Amanda, elas começaram após a morte de um cliente dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana.

O advogado chegou a publicar em seu perfil em uma rede social uma crítica ao sistema prisional. Ele questiona quem matou o cliente e que a tese de suicídio foi irresponsável. “Uma tentativa de justificar o injustificável, nunca vi algo do tipo em uma cela com seis reeducandos”.

No texto, ele também questiona o motivo de o cliente, que cumpria pena no regime semiaberto, ter sido transferido para o Núcleo de Custodia, onde ficam os presos considerados mais perigosos. Segundo ele, o cliente foi preso por roubar R$ 50.

A amiga acredita que a transferência do detento foi motivada por uma discussão entre ele e o diretor do semiaberto. Segundo a advogada, o Ministério Público Estadual cobra providências da Justiça em relação à morte do rapaz e o escritório de advocacia acompanha o caso.

“Nós já acionamos a OAB, a mesma esteve presente, inclusive nos informaram que vão entrar com uma medida protetiva em relação a todos nós que estamos atuando no caso porque a advocacia criminal é perigosa”, disse.

Ao G1, a assessoria da Superintendência Executiva da Administração Penitenciária (SEAP) informou que o detento foi transferido ao Núcleo de Custódia junto com outros reeducandos para cumprimento de medida disciplinar. O órgão alegou que não afirmou que o detento suicidou. Além disso, uma sindicância está em andamento para apurar as circunstâncias e as responsabilidades da morte do reeducando.

De acordo com a assessoria, o fato também é apurado criminalmente pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia. A assessoria informou ainda que apenas o exame do Instituto Médico Legal (IML) vai apontar a causa da morte.

Fonte: g1.globo.com
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