Parlamento turco se recusa a processar ex-ministros por corrupção

http://goo.gl/mnmvKm | Uma comissão parlamentar turca votou nesta segunda-feira contra a apresentação à justiça de quatro ex-ministros suspeitos de corrupção em um escândalo que sacudiu há um ano o regime islâmico conservador de Ancara, anunciou o presidente da comissão a um canal de TV.

O resultado não surpreende, uma vez que nove dos 14 deputados da comissão são do partido do presidente Recep Tayyip Erdogan e se pronunciaram, portanto, contrários a levar o caso ao Supremo Tribunal, explicou Hakki Koylu ao canal turco NTV.

O voto da comissão, que estava previsto para 22 de dezembro, foi adiado devido a dissensões entre a maioria e a oposição, em um contexto de especulações sobre as intenções do executivo a seis meses das legislativas de junho.

São acusados de corrupção ativa, fraude e tráfico de influência Erdogan Bayraktar (Meio Ambiente e Urbanismo), Zafer Çaglayan (Economia), Muammer Güler (Interior) e Egemen Bagis (Assuntos Europeus).

Os três primeiros deixaram os postos e o quarto foi demitido em uma reforma de governo urgente, em 25 de dezembro de 2013.

Todos são suspeitos de ter cobrado suborno de um homem de negócios de origem iraniana, Reza Zarrab, para facilitar o tráfico ilegal de ouro com o Irã, burlando o embargo imposto sobre o país.
O escândalo abalou o conjunto do governo turco, inclusive Erdogan, que na época era premiê e foi eleito presidente em agosto.

Erdogan e seus quatro ex-ministros negaram acusações que atribuíram a um complô comandado pelos antigos aliados do grupo ligado ao pregador muçulmano Fethullah Gülen.

O governo contra-atacou, ordenando punições sem precedentes na polícia e na justiça, onde os seguidores de Gülen, que vive nos Estados Unidos desde 1999, estavam muito ativos, segundo o governo, que denunciou a existência de um "Estado paralelo" nestas instituições.

Fonte: br.noticias.yahoo.com

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