Universitários se interessam cada vez mais por trabalhos voluntários

http://goo.gl/yjFxU0 | Estudo constatou que 77% dos jovens de 18 a 24 anos consideram que seu próprio bem-estar depende diretamente do bom andamento da sociedade.

Poucas ideias atraem tanto a juventude brasileira como a de tornar melhor a vida de outras pessoas. Fazer o bem está na moda. Isso foi o que revelou o Projeto Sonho Brasileiro, pesquisa divulgada em junho de 2011 pela Box1824, empresa que mapeia tendências de comportamento. O estudo constatou que 77% dos jovens de 18 a 24 anos consideram que seu próprio bem-estar depende diretamente do bem-estar da sociedade em que vivem. Universitários, em especial, revelam grande satisfação ao engajar-se em iniciativas voluntárias vinculadas à sustentabilidade, redução da pobreza ou outro trabalho com relevância social. Em busca desses jovens altruístas, a Gazeta do Povo constatou que a experiência de dedicar tempo e esforço a quem mais precisa traz a todos os envolvidos boa dose de realização pessoal.

Calouros engajados

Na Faculdade Evangélica, o voluntariado é proposto aos estudantes assim que ingressam no ensino superior. O programa Calouro Solidário dá aos recém-chegados a oportunidade de desempenhar atividades de companhia, leitura e recreação em oito setores do Hospital Evangélico, incluindo pediatria, pronto-socorro e ala de queimados. Como se trata de um programa voltado exclusivamente a calouros, os estudantes que avançam de período podem propor outras formas de contribuir, o que ocorre com frequência.

Foi assim que surgiu o grupo Vagalume. Inspirados nos Doutores da Alegria, os universitários se vestem de palhaços e visitam vários setores do hospital procurando alegrar os ambientes. “Alunos de todos os cursos e períodos podem participar. Tudo que a gente quer é dividir os benefícios da terapia do riso com o pessoal”, explica o estudante de Medicina Gabriel da Cruz Domingues, um dos coordenadores do grupo.

Crianças carentes

Com 90 voluntários em atividade, sendo a maior parte formada por universitários, a organização não governamental (ONG)Sonhar Acordado tem ampliado suas ações mês a mês. O foco é simples: visitar comunidades e instituições que atendem crianças carentes, ensinando valores, doando um pouco de tempo e atenção e organizando campanhas de arrecadação para suprir as necessidades delas.

No dia 25 de setembro de 2011, um grupo de estudantes do curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aceitou o convite da colega Allana Pivovar para visitar crianças abandonadas ou em situação de risco em uma casa-lar no bairro Uberaba, em Curitiba, e entregar um micro-ondas para a instituição.

Lá, lições sobre escovação correta dos dentes, um bate-papo sobre virtudes e o compromisso de voltar mensalmente preencheram a tarde de domingo das crianças e dos voluntários. “Nosso curso é de período integral, mas a gente prioriza essa ação. amos um jeito de dividir as tarefas e realizar as visitas”, conta Allana, que revela ter planos de se tornar agente comunitária de saúde assim que se formar.

O coordenador da ONG em Curitiba também é universitário e coordena as ações voluntariamente. Thiago Agustinho estuda Direito nas Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil) e fala com orgulho sobre o número de pessoas que tem participa do das ações, ao menos esporadicamente. “Em maio, fizemos uma festa e tivemos que limitar inscrições para caber todo mundo. Há mesmo muita gente interessada em voluntariado.”

Retribuição

Rita de Cássia brambilla, estudante do curso de Pedagogia da UFPR, começou a participar das aulas de balé do instituto Arte Geral quando tinha 10 anos. o tempo passou, ela adquiriu experiência na escola de Dança teatro Guaíra e retornou ao lugar onde tudo teve início. Agora, ela ensina o que aprendeu a crianças carentes de 5 e 6 anos e abre portas para as mesmas oportunidades que outras voluntárias um dia lhe deram.

Fonte: gazetadopovo.com.br
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