De acordo com a jornalista, antes de receber o ministro, Dilma Rousseff consultou o presidente do Senado, Renan Calheiros, e ouviu que o nome de Campbell seria aprovado na casa, caso fosse indicado. Segundo a jornalista, o ministro do STJ tem ainda o apoio do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e do ex-deputado Sigmaringa Seixas, que tem sido consultado pela presidente em todas as indicações para os tribunais superiores. Em sua coluna, Cristiana Lôbo garante que a presidente irá indicar um novo ministro ainda esta semana, para que a sabatina aconteça ainda em fevereiro.
Nome forte
O fato de ser recebido pela presidente torna Campbell um forte candidato, mas não é certeza de que ele seja o escolhido. Em 2013, durante a escolha do sucessor de Ayres Britto, a presidente Dilma quebrou uma tradição não oficial de quem era recebido por ela para falar sobre o STF saía ministro. Na ocasião, ela recebeu o tributarista Heleno Torres, mas o escolhido para a vaga acabou sendo o constitucionalista Luis Roberto Barroso.Nesta quinta-feira (12/2), o governo divulgou uma nota informando que não há um nome definido pela presidente e que a citação de nomes não passa de especulação. Mauro Campbell era um dos cotados para a vaga, junto com o tributarista Heleno Torres e o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho. Além dele, também são cotados o vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão e os também ministros do STJ Benedito Gonçalves e Luis Felipe Salomão.
PEC da Bengala
Nesta semana, a Câmara adiou a votação da chamada PEC da Bengala, que pretende aumentar para 75 anos a idade para a aposentadoria compulsória no serviço público. A ideia do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é passar a PEC o quanto antes, para tirar das mãos da presidente Dilma Rousseff o poder de indicar cinco ministros para o SupremoA possibilidade preocupa o governo, já que vai mudar todo o planejamento da presidente para o Supremo. Se Dilma só tiver a chance de indicar um ministro em seu novo mandato, cresceriam, por exemplo, as chances de indicação de nomes diretamente ligados ao governo, como Luis Inácio Adams, advogado-geral da União, e José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça.
Fonte: conjur.com.br