http://goo.gl/27FjEs | Finalmente, divulgada a lista dos suspeitos na Operação Lava Jato, incluindo dezenas de parlamentares com mandato. Lamentavelmente. Claro que corrupção não nasceu hoje nem no Brasil. O que se pede é mais rigidez na aplicação das leis a fim de que a impunidade não se torne um salvo-conduto para que os escroques continuem agindo quase que livremente em desvios de dinheiro público.
Há um notável mal-estar em boa parte da população, em razão dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Mais pessoas conspurcadas pelo dinheiro desviado através de obras e contratos superfaturados.
Mas não podemos desistir. Só existe uma solução para nos livramos desse problema: enfrentarmos a verdade, admitindo a frustração, porém, sem fazer tábua rasa com frases do tipo "todos são corruptos". Lembremo-nos dos jovens que, em alguns anos, estarão no comando de empresas, de prefeituras, de governos estaduais e mesmo da presidência da República.
Temos que entender que não há corrupção que esteja acima da lei e da sociedade e que as instituições, fazendo o seu trabalho, estão e continuarão a desarticular a teia de desvios governamentais.
O grego Aristóteles ensinou que o fundamentos da Polis e da Política é "uma associação de homens visando o bem comum. Isso porque o homem é um animal político destinado a viver em sociedade. Sobrará o espaço político no qual a arte da palavra poderá ser exercida, como Eclesias, Ágora e o Teatro. Nestes lugares se discutiria a cidade, as reivindicações e o jogo político através da catarse." São os chamados espaços permitidos pelo sistema para a liberação. Para isso, haveria o Conselho dos 500. No caso da Câmara dos Deputados do Brasil, passamos um pouco, pois são 513 parlamentares. Se enfrentarmos a verdade sem pânico, com os mecanismos legais ao lado da sociedade, entenderemos que não há outro significado para o que ocorre na Petrobras, no Maranhão, nos trens de São Paulo, na adulteração do leite ou em Roraima do que a punição. Mais dia ou menos dia, agindo em uníssono, a Justiça fará o seu trabalho, após as investigações meticulosas da Polícia Federal. Jamais antes os federais, a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público demonstraram tanta independência como agora.
Os que sustentam a máquina pública brasileira, ou seja, a maioria dos empresários de todos os setores e os trabalhadores públicos e privados, estão enojados com os nomes citados. Por isso, aplaude-se o trabalho da Polícia Federal e as autorizações judiciais para escutas telefônicas, buscas e apreensões, além dos bloqueios de contas bilionárias, aqui e no exterior. Há uma vontade nacional de que se não é possível acabar com a corrupção, que ela seja combatida até as raias da máxima legalidade e por todos os meios possíveis. Sem licitações arranjadas e obras superfaturadas em um esquema de fraudes para beneficiar vigaristas.
O que ocorreu, tristemente, não é novidade nem será a última ocorrência do gênero. Mesmo com o risco, sistemático, de sermos apontados como "de direita" ou "reacionários capitalistas", fica provado que, como estão, os serviços públicos, nos três níveis, no Brasil precisam de uma depuração. E já. É conveniente que, para melhorarmos ou não piorarmos a situação, que tenhamos sempre uma oposição - mesmo com exageros verbais - que observe e aponte erros. Isso tornará os governantes e certas empresas bem mais cautelosos e circunspectos.
Fonte: jcrs.uol.com.br
Há um notável mal-estar em boa parte da população, em razão dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Mais pessoas conspurcadas pelo dinheiro desviado através de obras e contratos superfaturados.
Mas não podemos desistir. Só existe uma solução para nos livramos desse problema: enfrentarmos a verdade, admitindo a frustração, porém, sem fazer tábua rasa com frases do tipo "todos são corruptos". Lembremo-nos dos jovens que, em alguns anos, estarão no comando de empresas, de prefeituras, de governos estaduais e mesmo da presidência da República.
Temos que entender que não há corrupção que esteja acima da lei e da sociedade e que as instituições, fazendo o seu trabalho, estão e continuarão a desarticular a teia de desvios governamentais.
O grego Aristóteles ensinou que o fundamentos da Polis e da Política é "uma associação de homens visando o bem comum. Isso porque o homem é um animal político destinado a viver em sociedade. Sobrará o espaço político no qual a arte da palavra poderá ser exercida, como Eclesias, Ágora e o Teatro. Nestes lugares se discutiria a cidade, as reivindicações e o jogo político através da catarse." São os chamados espaços permitidos pelo sistema para a liberação. Para isso, haveria o Conselho dos 500. No caso da Câmara dos Deputados do Brasil, passamos um pouco, pois são 513 parlamentares. Se enfrentarmos a verdade sem pânico, com os mecanismos legais ao lado da sociedade, entenderemos que não há outro significado para o que ocorre na Petrobras, no Maranhão, nos trens de São Paulo, na adulteração do leite ou em Roraima do que a punição. Mais dia ou menos dia, agindo em uníssono, a Justiça fará o seu trabalho, após as investigações meticulosas da Polícia Federal. Jamais antes os federais, a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público demonstraram tanta independência como agora.
Os que sustentam a máquina pública brasileira, ou seja, a maioria dos empresários de todos os setores e os trabalhadores públicos e privados, estão enojados com os nomes citados. Por isso, aplaude-se o trabalho da Polícia Federal e as autorizações judiciais para escutas telefônicas, buscas e apreensões, além dos bloqueios de contas bilionárias, aqui e no exterior. Há uma vontade nacional de que se não é possível acabar com a corrupção, que ela seja combatida até as raias da máxima legalidade e por todos os meios possíveis. Sem licitações arranjadas e obras superfaturadas em um esquema de fraudes para beneficiar vigaristas.
O que ocorreu, tristemente, não é novidade nem será a última ocorrência do gênero. Mesmo com o risco, sistemático, de sermos apontados como "de direita" ou "reacionários capitalistas", fica provado que, como estão, os serviços públicos, nos três níveis, no Brasil precisam de uma depuração. E já. É conveniente que, para melhorarmos ou não piorarmos a situação, que tenhamos sempre uma oposição - mesmo com exageros verbais - que observe e aponte erros. Isso tornará os governantes e certas empresas bem mais cautelosos e circunspectos.
Fonte: jcrs.uol.com.br