As 10 melhores técnicas de estudo, segundo a ciência!

goo.gl/rMvqHw | Um estudo publicado na revista científica Psychological Science in the Public Interest avaliou dez técnicas comuns de estudo para classificar quais possuem de fato a melhor utilidade.

Técnicas de estudo bastante populares no Brasil, como resumir, grifar, utilizar mnemônicos, visualizar imagens para apreensão de textos e reler conteúdos foram classificadas como as de utilidade mais baixa.

Três técnicas de estudo foram encaradas como de utilidade moderada: interrogação elaborativa, auto-explicação e estudo intercalado.

E as duas que obtiveram o mais alto grau de utilidade na aprendizagem foram as técnicas de teste prático e prática distribuída.

É a ciência desaprovando boa parte das nossas técnicas de estudo, muito baseado em resumos, grifos, mnemônicos e mapas mentais. Por outro lado, foi confirmada a impressão de que a realização de exercícios em doses cavalares era extremamente efetiva para o estudo para concursos públicos.

Se você quer uma visão mais detalhada de como funciona o aprendizado, é recomendado fortemente que leia o livro Os 7 Pilares do Aprendizado, de Paulo Ribeiro, que já escreveu no Mude.nu como a ciência pode melhorar o seu aprendizado.

Antes de prosseguir, lembre-se de que o ranking reflete os resultados da pesquisa, porém cada pessoa tem suas próprias técnicas de estudo e nada está escrito em pedra. Dito isto, falemos agora sobre as dez técnicas de estudo (das piores para as melhores).

1. Grifar, a de menor utilidade entre as técnicas de estudo


Prepara-se para dar um descanso ao seu grifador amarelo. O estudo aponta que a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efetiva pelos mesmos motivos pelos quais é tão popular: praticamente não requer esforço.

Ao fazer um grifo, seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Então, grifar só pode ter alguma (pouca) utilidade quando combinada com outras técnicas.

2. Releitura (utilidade: baixa)


Reler um conteúdo, em regra, é menos efetivo do que as demais técnicas apresentadas. O estudo, no entanto, mostrou que determinados tipos de leitura (massive rereading) podem ser melhores do que resumos ou grifos, se aplicados no mesmo período de tempo. A dica é reler imediatamente depois de ler, por diversas vezes.

3. Mnemônicos (utilidade: baixa)


Segundo o dicionário Houaiss, mnemônico é algo relativo à memória; que serve para desenvolver a memória e facilitar a memorização (diz-se de técnica, exercício etc.); fácil de ser lembrado; de fácil memorização.

Em apostilas e sites de concursos públicos, é muito comum ver o uso de mnemônicos com as primeiras letras ou sílabas, como SoCiDiVaPlu para decorar os fundamentos da República Federativa do Brasil (artigo 1º da Constituição).

O estudo da Psychological Science in the Public Interest mostrou que os mnemônicos só são efetivos quando as palavras-chaves são importantes e quando o material estudado inclui palavras-chaves fáceis de memorizar.

Assuntos que não se adaptam bem a geração de palavras-chaves não conseguiram ser bem aprendidos com o uso de mnemônicos. Então, utilize-os em casos específicos e pouco tempo antes de teste.

4. Visualização (utilidade: baixa)


Os pesquisadores pediram que estudantes imaginassem figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação a memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva.

Surpreendentemente (ao menos para mim), a transformação das imagens mentais em desenhos também não demonstrou aumentar a aprendizagem e ainda trouxe o inconveniente de limitar os benefícios da imaginação.

Isso não invalida completamente o uso de mapas mentais para estudos, já que esses consistem além de desenho a conexão de ideias e conceitos.

De qualquer maneira, o resultado do estudo é que a visualização não é uma técnica efetiva para provas que exijam conhecimentos inferidos de textos.

5. Resumos (utilidade: baixa)


Resumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias sempre foi uma técnica quase intuitiva de aprendizagem.

O estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas.

Embora tenha sido classificado como de utilidade baixa, a técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos. O paper diz que a técnica pode ser uma estratégia efetiva para estudantes que já são hábeis em produzir resumos.

6. Interrogação elaborativa (utilidade: moderada)


A técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros.

O estudante devem concentrar-se em perguntas do tipo Por quê? em vez de O quê?.

Seguindo o exemplo que demos pouco antes, em vez de decorar um mnemônico como SoCiDiVaPlu, o ideal seria perguntar-se por que o Brasil adota a dignidade da pessoa humana como fundamento da República? E buscar a resposta na origem do estado democrático de Direito e na adoção do princípio da dignidade da pessoa humana pelas principais democracias ocidentais após a Revolução Francesa.

Note que esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.

Falando especificamente de concursos públicos, a interrogação elaborativa é um grande diferencial na hora de responder redações e questões discursivas.

7. Auto-explicação (utilidade: moderada)


A auto-explicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo.

O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.

8. Estudo intercalado (utilidade: moderada)


O estudo intercalado é o que chamamos de rotação de matérias em posts anteriores.

A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.

Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas).

O principal benefício da intercalação, como já havíamos observado, é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.

9. Teste prático (utilidade: alta)


Realizar testes práticos sobre o que você está estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa científica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas.

No caso específico de concursos públicos, a recomendação é fazer toneladas de exercícios de provas anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está estudando, mas qualquer tipo de questão que encontrar pela frente.

Como já recomendamos anteriormente, a maneira mais fácil de realizar testes é utilizando sistemas específicos para isso, como o site Questões de Concursos.

10. Prática distribuída (utilidade: alta)


A prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só (a.k.a. na véspera da prova).

Pesquisas mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, vocÊ deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.

A prática distribuída também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.

Essa é exatamente a teoria de Tony Schwartz aplicada em técnicas de timebox como a Pomodoro Technique.

Quais as suas técnicas de estudo?


Quais dessas técnicas você utiliza? Concorda com os resultados? Que outras técnicas de estudo recomendaria? Comente abaixo.

Fonte: Big Think

4/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

  1. Particularmente tenho o hábito de fazer resumos e durante o estudo realizar uma auto-explicação, agora com a leitura desse material farei também a técnica de interrogação elaborativa em meus estudos.

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  2. Gostei e vou utilizar a praprát distribuída. Obrigado!

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  3. Legal que vc tenha traduzido e disponibilizado essas informações no seu site. Para contribuir com a sua matéria, gostaria de questionar o uso da palavra mapa mental no item 4. Eu fui procurar o artigo e a técnica chamada "Imagery use for text learning" (tenho dúvidas se a tradução visualização é correta) foi descrita como sendo solicitado aos alunos a, após lerem um material, desenharem uma imagem que representasse o que aprenderam. Isso NÃO É MAPA MENTAL. Mapa mental é usado para brainstorm. Você pode associar conceitos, conhecimentos, visualizá-las para compreender a complexidade daquele assunto, assim produzir insights, ter ideias. Eu tenho um artigo que demonstra o quanto é útil essa técnica.

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  4. Lavagem cerebral, via mídia diária, propaganda, essa é a pior para a mente e o cérebro. A alma fica cheia... Para lembrar e estudar é necessário um lugar calmo e esvaziar a mente. Aí começar na real o estudo. Funciona.

    Por exemplo:
    O PT© pratica lavagem cerebral. Vejamos:
    Fome, falta de moraria, atraso, escolas ruins, falta de hospitais: concreto...
    O resto são frasinhas:
    Nada fez em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso. Apenas propagandas e propagandas e publicidade.

    Com a "Copa das Copas®" do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©.

    Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT®?
    Eis:

    Mas apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Apenas signos desubstancializados. Sem corporeidade. Não tem nada a ver com um projeto de Nação.

    Aqui a superficialidade do PETISMO®:
    Apenas signos desubstancializados. Sem corporeidade. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda:
    Nem tudo que é legal é honesto:
    0. “Pronatec©”
    1. “Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
    2. “Coração Valente©” (super fake)
    3. “A Copa das Copas®”
    4. “Fica Querida©”
    5. “Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
    6. “Foi Golpe®”
    7. “Fora Temer©”
    8. “Ocupa Tudo®”
    9. “Lula Livre®”
    10. “®eleição sem Lula™ é fraude” [kuá!, kuá!].
    11. “O Brasil Feliz de Novo®” (fake)
    12. “Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkk]
    13. “Ele não®”.
    14. “Minha Casa, Minha Vida©”
    15. “Saúde não tem preço®”
    16. “Haddad® agora é verde-amarelo®” [rsrs].
    17. “Bolsa Família®”
    18. “LUZ para todos™”(kkk).
    19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
    20. “Água para todos©” (é mesmo?)
    21. “Mais Médicos®”,
    22. PT® = “Controle social da mídia” [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
    23. “Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
    24. “bela, recatada e do lar®” PT é uma piada ridícula!
    25. “Rede cegonha©”
    26. “SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.

    PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.

    Vive de ótimos e CALCULADOS mitos propagandísticos.

    O PT© vive de lavagem-cerebral.

    O tal de: “me engana que eu compro”. PT® e PCdoB® são o Kitsch políticos. Bregas e barangos. Nivelam tudo por baixo. A arte, a cultura e a educação. Sobretudo a educação dos guris e gurias de todo o Brasil.

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