Juiz vai a júri popular no ES pela morte de Alexandre Martins

http://goo.gl/HBfxJf | O juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira vai a júri popular nos próximos meses. A data ainda não foi marcada, mas a realização de um julgamento em Vila Velha, na Grande Vitória,  foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo nesta sexta-feira (24). Ele é um dos acusados como mandante do homicídio do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. O crime ocorreu em 2003.

De acordo com o Tribunal de Justiça, a defesa de Leopoldo entrou com diversos recursos junto aos tribunais de Brasília, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), cujas decisões não foram favoráveis a ele, em grande parte.

Ainda segundo o Tribunal de Justiça, os recursos que ainda tramitam nos tribunais de Brasília não impedem o andamento do processo no Espírito Santo. Logo, o processo foi devolvido pelo STJ para a comarca de origem, a 4ª Vara Criminal de Vila Velha. Com isso, o juiz Marcelo Soares Cunha iniciou os procedimentos para realizar o julgamento.

Primeiro, foram intimadas as partes interessadas – Ministério Público Estadual, o advogado de defesa e o próprio réu – a apresentarem listas de testemunhas que irão depor, assim como documentos ou outros procedimentos que desejarem acrescentar ao processo.

Defesa

O advogado de Leopoldo, Fabrício Campos, discorda das informações. Segundo ele, há “embargos de divergência” tramitando no STJ que ainda não foram julgados. “Não há motivos, portanto, para dar andamento no processo do juiz Leopoldo no Estado”, pontua. Quando isso ocorrer, haverá ainda um agravo em recurso extraordinário que precisará ser analisado pelo STF.

Além de Leopoldo, respondem pela acusação de mando pelo mesmo crime, o coronel aposentado da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, e o ex-policial civil, Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú. Os dois últimos vão ser julgados no próximo dia 25 de maio, às 13h, no Salão do Júri do Fórum da Prainha, em Vila Velha.

O Tribunal do Júri será presidido pelo juiz Marcelo Soares Cunha e a estimativa é que esse julgamento dure aproximadamente cinco dias. A denúncia do Ministério Público é de que se trata de um crime de mando, cometido em função de denúncias feitas pelo juiz sobre venda de sentenças. Mas a defesa dos acusados como mandantes afirma que foi latrocínio – assalto com morte.

Caso

No dia 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com três tiros quando chegava a uma academia de ginástica, em Itapoã, Vila Velha. Ele tinha acabado de estacionar o carro e foi baleado na rua. Testemunhas contam que olharam da janela da academia ao ouvirem os tiros e viram uma pessoa na moto e uma outra pessoa atirando. Alexandre integrava a missão especial federal que, desde julho de 2002, investigava as ações do crime organizado no estado.




Fonte: G1
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