http://goo.gl/ZeoCbL | Durante as investigações sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ, na Operação Lava Jato, a Procuradoria-Geral da República realizou acareação entre o ex-consultor Júlio Camargo e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para confirmar a participação do deputado no esquema de corrupção investigado pela operação.
Tanto Júlio Camargo quando Paulo Roberto Costa firmaram acordo de delação premiada com a Justiça. A acareação foi realizada em junho para confirmar a versão de Camargo sobre uma reunião com o então ministro de Minas e Energia e atual senador, Edison Lobão (PMDB-MA).
O termo de acareação consta do inquérito que apurou a participação de Cunha no esquema e que foi disponibilizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki na noite desta sexta-feira (21).
Cunha, que foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é acusado de ter recebido, entre junho de 2006 e outubro de 2012, pelo menos US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras.
De acordo com a denúncia, a Samsung Heavy Industries, empresa responsável pelo fornecimento dos navios-sonda, destinados à exploração de petróleo, pagou US$ 40 milhões para Júlio Camargo, apontado como um dos intermediários da propina recebida pelo esquema, entre eles, o presidente da Câmara.
De acordo com a delação de Júlio Camargo, após o fornecimento das sondas, a Samsung Heavy Industries parou de pagar as comissões a Júlio Camargo, o que teria levado Eduardo Cunha a pressionar para voltar a receber a propina.
Para isso, segundo a PGR, a então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada de Cunha, apresentou à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara requerimentos pedindo ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério de Minas e Energia informações sobre Júlio Camargo, Samsung Heavy Industrie e o grupo Mitsui, envolvido nas negociações de um dos contratos. Conforme a denúncia, Cunha foi o autor "material e intelectual" dos requerimentos – ele nega.
Depois da apresentação dos requerimentos, Júlio Camargo procurou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para reclamar da pressão pela retomada do pagamento da propina, diz a denúncia da PGR.
"O declarante [Paulo Roberto Costa] se recorda de que efetivamente recebeu Júlio Camargo na Petrobras no ano de 2011, ocasião em que este solicitou que o declarante conseguisse uma reunião corn o então ministro de Minas e Energia Edison Lobão", diz trecho do termo de acareação.
Segundo a denúncia, Júlio Camargo pediu a Costa uma reunião com Edison Lobão. Essa reunião teria ocorrido em 31 de agosto de 2011, na base aérea do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, segundo depoimento de Camargo. O pedido para que a reunião fosse realizada foi confirmado por Paulo Roberto Costa na acareação. De acordo com os documentos, a agenda de Lobão confirma que o então ministro estava no Rio de Janeiro na data relatada pelos delatores.
Na acareação, Costa revelou que disse a Camargo, no encontro de 2011, que o ex-consultor "estava com sorte" já que Lobão estava no Rio de Janeiro e que o encontro poderia ser realizado naquele mesmo dia.
No encontro, Júlio Camargo teria relatado a Lobão as pressões que vinha sofrendo. "Isso é coisa do Eduardo", teria afirmado Lobão, segundo a denúncia. Em seguida, diante de Camargo, o ministro teria telefonado para o deputado e indagado: "Eduardo, estou com o Júlio Camargo aqui do meu lado. Você enlouqueceu?".
Eduardo Cunha sempre negou ser o autor dos requerimentos de Solange Almeida e disse que jamais recebeu propina no esquema da Petrobras.
Fonte: tribunahoje.com
Tanto Júlio Camargo quando Paulo Roberto Costa firmaram acordo de delação premiada com a Justiça. A acareação foi realizada em junho para confirmar a versão de Camargo sobre uma reunião com o então ministro de Minas e Energia e atual senador, Edison Lobão (PMDB-MA).
O termo de acareação consta do inquérito que apurou a participação de Cunha no esquema e que foi disponibilizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki na noite desta sexta-feira (21).
Cunha, que foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é acusado de ter recebido, entre junho de 2006 e outubro de 2012, pelo menos US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras.
De acordo com a denúncia, a Samsung Heavy Industries, empresa responsável pelo fornecimento dos navios-sonda, destinados à exploração de petróleo, pagou US$ 40 milhões para Júlio Camargo, apontado como um dos intermediários da propina recebida pelo esquema, entre eles, o presidente da Câmara.
De acordo com a delação de Júlio Camargo, após o fornecimento das sondas, a Samsung Heavy Industries parou de pagar as comissões a Júlio Camargo, o que teria levado Eduardo Cunha a pressionar para voltar a receber a propina.
Para isso, segundo a PGR, a então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada de Cunha, apresentou à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara requerimentos pedindo ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério de Minas e Energia informações sobre Júlio Camargo, Samsung Heavy Industrie e o grupo Mitsui, envolvido nas negociações de um dos contratos. Conforme a denúncia, Cunha foi o autor "material e intelectual" dos requerimentos – ele nega.
Depois da apresentação dos requerimentos, Júlio Camargo procurou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para reclamar da pressão pela retomada do pagamento da propina, diz a denúncia da PGR.
"O declarante [Paulo Roberto Costa] se recorda de que efetivamente recebeu Júlio Camargo na Petrobras no ano de 2011, ocasião em que este solicitou que o declarante conseguisse uma reunião corn o então ministro de Minas e Energia Edison Lobão", diz trecho do termo de acareação.
Segundo a denúncia, Júlio Camargo pediu a Costa uma reunião com Edison Lobão. Essa reunião teria ocorrido em 31 de agosto de 2011, na base aérea do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, segundo depoimento de Camargo. O pedido para que a reunião fosse realizada foi confirmado por Paulo Roberto Costa na acareação. De acordo com os documentos, a agenda de Lobão confirma que o então ministro estava no Rio de Janeiro na data relatada pelos delatores.
Na acareação, Costa revelou que disse a Camargo, no encontro de 2011, que o ex-consultor "estava com sorte" já que Lobão estava no Rio de Janeiro e que o encontro poderia ser realizado naquele mesmo dia.
No encontro, Júlio Camargo teria relatado a Lobão as pressões que vinha sofrendo. "Isso é coisa do Eduardo", teria afirmado Lobão, segundo a denúncia. Em seguida, diante de Camargo, o ministro teria telefonado para o deputado e indagado: "Eduardo, estou com o Júlio Camargo aqui do meu lado. Você enlouqueceu?".
Eduardo Cunha sempre negou ser o autor dos requerimentos de Solange Almeida e disse que jamais recebeu propina no esquema da Petrobras.
Fonte: tribunahoje.com