http://goo.gl/fw1Jo5 | A Justiça absolveu os réus no caso de um roubo de bebê em um shopping de Santa Bárbara d' Oeste (SP), em agosto de 2013, do crime de formação de quadrilha. De acordo com a decisão do juiz da 1ª Vara Criminal do município, não há provas de que um dos acusados tivesse envolvimento com as três mulheres que realizaram o sequestro da criança. 

A decisão foi assinada no dia 16 de outubro e divulgada na última quinta-feira (22). Apesar de terem sido absolvidas do crime de formação de quadrilha, as mulheres já haviam sido condenadas em junho do ano passado pelo sequestro do bebê.

Ângela Nicoliche é acusada de ter organizado o sequestro e foi condenada a 4 anos e 6 meses de prisão, enquanto Elisabete Nicolete e Aparecida Marta Nicolete foram indiciadas como cúmplices no crime. As três continuam presas. O outro acusado, Ronério Moreira dos Santos, alega que havia apenas alugado a casa onde o bebê foi encontrado para as mulheres. Ele responde ao processo em liberdade.

Segundo a Justiça, não há indícios suficientes para a condenação do homem e, por isso, os quatro foram absolvidos da formação de quadrilha, já que o magistrado não considera este tipo de crime quando existem apenas três pessoas envolvidas.

"Embora existam elementos de que a acusadas (...) estivessem associadas para a prática de subtração de menores, não há provas de que o réu Ronério também estivesse a elas associados, muito embora existam indícios, considerando sua versão nada crível", afirma o texto da decisão.

O caso

A criança foi roubada no dia 20 de agostode 2013 no Tivoli Shopping em Santa Bárbara. Na ocasião, o bebê tinha 23 dias de vida. Ele nasceu com problemas no coração.

Segundo a investigação da Polícia Civil, a sequestradora se apresentou durante a gravidez da mãe do garoto, uma adolescente de 15 anos, como sendo de uma Organização Não Governamental (ONG) que ampara mães jovens. Assim que soube que o menino tinha problemas cardíacos, a mulher disse que levaria a criança ao médico em Americana (SP).

Na data da suposta consulta, a acusada convidou a adolescente, a avó do bebê e o irmão dela para um lanche. O lugar proposto foi o shopping, onde a avó do menino trabalhava. Foi quando a mulher dopou a mãe do bebê, colocando algum produto no suco dela, e levou o recém-nascido.

A Polícia Civil teve acesso a imagens do circuito de segurança do shopping que mostram a mulher saindo do estabelecimento com o bebê. O caso foi registrado como subtração de incapaz. A criança foi encontrada dois dias depois em uma casa de tarô no bairro Vila Maria, na área central de Santa Bárbara. Outras mulheres foram presas na ocasião. Taxistas ajudaram a polícia a localizar o bebê.

Fonte: G1