Concurso ou escritório: qual será realmente a melhor opção para o advogado?

goo.gl/GatIMI | Certamente, um dos maiores dilemas vivenciados pelo jovem profissional do Direito diz respeito à escolha entre a carreira pública e o escritório de advocacia. Essa decisão se mostra importante sobretudo porque faz com que o bacharel adote rotinas completamente diferentes nesse momento inicial de sua carreira. E foi exatamente com esse descompasso em mente que resolvemos preparar um post exclusivo especialmente voltado para o assunto. Está nessa situação e não sabe bem o que fazer? Então confira nossas ponderações e faça logo sua escolha:

Recomendação prévia

Antes de efetivamente se decidir entre o concurso público e uma carreira no setor privado, é necessário que o profissional tenha um profundo autoconhecimento. A vocação deve sempre ser um fator relevante na hora da escolha entre uma ou outra posição, podendo, inclusive, ajudar a traçar um plano de carreira. Assim, se o profissional já sabe de antemão que quer ser um membro do Ministério Público, por exemplo, deve estar preparado para estudar durante alguns bons anos para conseguir êxito em um dos concursos mais concorridos do país. Como consequência, deverá moldar sua rotina a essa finalidade. Viu como uma ponderação prévia bem feita pode fazer toda a diferença?

Advocacia privada

A atuação do advogado no setor privado geralmente exige que o profissional se especialize em determinada área do conhecimento jurídico. Por isso, uma pós-graduação e alguns anos de prática são uma boa pedida até mesmo para quem deseja concorrer às vagas iniciais da carreira. É certo que o advogado, aqui, não dispõe das mesmas garantias dos servidores públicos — como estabilidade, irredutibilidade de vencimentos, disponibilidade e tantas outras —, mas, por outro, lado também não está sujeito às restrições a eles impostas — como o teto salarial, a aposentadoria compulsória e os critérios de progressão e promoção, que geralmente dão um peso maior à antiguidade em detrimento do merecimento. Isso sem contar a vedação constitucional do chamado “concurso interno”, ou seja, a ascensão para um cargo superior sem prévia aprovação em concurso público — no caso, outro concurso público.

Carreira pública

Ao contrário do que ocorre com a carreira no setor privado, o profissional que almeja a carreira pública deve buscar uma formação mais generalista. E isso acontece por um motivo muito simples: a prova de admissão no serviço público irá cobrar desse profissional conhecimentos em diversas disciplinas jurídicas e, em alguns casos, conhecimentos até de fora da área do Direito. Uma vez aprovado, o candidato conta com um sistema de garantias que visa assegurar a isonomia do acesso aos cargos, bem como a autonomia e a imparcialidade do profissional em alguns casos — dentre elas podemos citar a estabilidade ou vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídios. Por outro lado, na grande maioria dos casos, esse servidor não poderá exercer a advocacia por fora, limitando-se unicamente à carreira pública.

Advocacia correspondente

Por fim, não podemos descartar a enorme importância da advocacia correspondente no planejamento de carreira de muitos jovens advogados. Essa advocacia de apoio pode ser uma excelente opção tanto para o advogado iniciante que deseja entrar no mercado de trabalho como também para aquele profissional que resolveu se dedicar aos estudos visando a carreira pública. Nesse cenário, o profissional adquire uma bagagem de experiência que pode ser muito útil em uma entrevista de emprego ou para cumprir os requisitos mínimos — normalmente três anos — de prática jurídica para a posse em cargo público. E o melhor de tudo é que o profissional tem a possibilidade de trabalhar dentro da sua disponibilidade de horários sem prejudicar os estudos ou outros projetos em andamento — como, por exemplo, uma pós-graduação.

Fonte: Blog Juris Correspondente

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