Igreja é obrigada a pagar indenização de R$ 50 mil por agressão a pastor homossexual

goo.gl/cmp4TN | No âmbito de um caso de um pastor agredido dentro do edifício da Igreja Mundial de Poder de Deus, o Tribunal de #Justiça de Mato Grosso condenou essa instituição a pagar R$ 50 mil à vítima das agressões. A Igreja, entretanto, recorreu da decisão, mas essa semana o Tribunal decidiu manter essa mesma condenação.

Foi em dezembro de 2009 que tudo aconteceu. O pastor era, na época, auxiliar da Igreja e se auto declarava como “ex-gay” admitindo que, no passado, teve várias experiências homossexuais. O pastor declarou às autoridades que, durante a noite, foi agredido com socos e pontapés, tendo conseguido identificar o agressor, um outro pastor da mesma Igreja que se chama Jademir.

Depois do acontecimento, o pastor procurou o Bispo Sidney Furlan que o aconselhou a não fazer o registro da queixa, tudo para manter o bom nome daquela instituição. No entanto, a vítima decidiu avançar com a queixa, acabando por pedir ao Tribunal uma indenização de R$ 1 milhão pelos danos morais, físicos e psicológicos que sofreu. No entanto, a juíza, apesar de ter dado razão ao pastor, acabaria por ordenar o pagamento de “apenas” R$ 50 mil.

A Igreja não gostou da decisão e recorreu da mesma. No dia 30 de novembro de 2016, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso se pronunciou e negou por unanimidade o recurso. O desembargador do processo afirmou que as agressões ficaram provadas no laudo pericial, contrariando assim o que era afirmado pela Instituição Religiosa em seu recurso.

Em sua decisão, o desembargador apoiou a juíza Helena Maria Ramos, que, quando condenou a Igreja, afirmou que aquela instituição apenas colocou “panos quentes” na tentativa de impedir que a vítima fizesse queixa na Justiça.

Na sua decisão, o desembargador justificou ainda a indenização com o fato da Igreja não ter protegido um elemento autorizado a frequentá-la, algo que deveria ser obrigação dos seus responsáveis.

Os desembargadores que votaram essa decisão foram o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha acompanhado por Dirceu dos Santos e Cleuci Chagas Pereira da Silva.

Por João Fernandes
Fonte: br blastingnews

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