Queimado vivo: 'Está entre os crimes mais cruéis com que deparei ultimamente', diz delegado

goo.gl/YbGju4 | De acordo com o Departamento de Homicídios de Porto Alegre, não há relação entre os dois casos ocorridos no intervalo de oito horas na Capital. Ambos, no entanto, teriam o envolvimento de quadrilhas relacionadas ao tráfico de drogas.

O homem que teve a morte filmada ainda não foi identificado. Ele havia sido arrancado de casa na região da Quinta Unidade, no bairro Restinga. A principal suspeita dos investigadores da 4ª DHPP é de que os executores também estejam envolvidos nos assassinatos de Thales Rosa Clezar, 20 anos, e David da Silva, 20 anos, na última segunda-feira, em uma casa na Quinta Unidade.



Vítima foi queimada viva em assassinato no bairro Medianeira, nesta quinta-feira, em Porto Alegre

— Há um conflito entre grupos rivais que atuam no bairro. Um deles está tentando tomar para si os pontos de tráfico na Quinta Unidade — diz o delegado Eibert Moreira.

Segundo ele, além da demonstração de poder, e de amedrontar os rivais, a filmagem do crime teve, provavelmente, outra intenção.

— É uma espécie de prestação de contas. Ninguém mata dessa forma sem a ordem de alguém. Precisavam mostrar, provavelmente a quem está na prisão, que cumpriram o serviço — aponta o responsável pela investigação.

Já no duplo assassinato da Rua Caieira, a autoria ainda está obscura. Sabe-se apenas que o sobrevivente era morador do bairro Partenon, e que, juntamente com os dois mortos — somente exames de DNA comprovarão se era um homem e uma mulher —, ele foi levado no veículo até o local onde seriam mortos.

— Está entre os crimes mais cruéis que deparei ultimamente. Sem dúvida, é mais uma forma de demonstração de poder aos rivais e a possíveis devedores — aponta o delegado Rodrigo Reis, que apura o crime pela 1ª DHPP.

A perícia contabilizou pelo menos 40 estojos recolhidos junto do veículo, um Prisma com placas clonadas. Um galão pequeno, de plástico, com gasolina, também foi recolhido para ser examinado.

Segundo o delegado, o sobrevivente não tem antecedentes criminais graves, e seria usuário de drogas. Internado em estado grave em um hospital que não é revelado pela polícia por questão de segurança, ainda não teve condições de falar.

Por Eduardo Torres
Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br

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