goo.gl/YyiHWs | Janaina Panhossi, de 30 anos, é uma das poucas mulheres a atuar como advogada criminalista na Costa do Descobrimento. Mesmo com o preconceito, ela vem ganhando destaque no ramo da advocacia pelos ótimos resultados nas causas em que defende e por uma postura ativa diante dos desafios enfrentados.

A advogada, que é pós-graduada em Direito Penal e Criminologia, se formou em 2012 pela Unesulbahia, e atualmente atende em seu escritório na Rua Floriano Peixoto, centro de Eunápolis, com o apoio de outros cinco advogados de todas as áreas do direito.

“Me sinto orgulhosa em poder contribuir com a justiça e busco me aprimorar sempre, pois conhecimento é indispensável. Advogar é gratificante, o nosso trabalho é proteger os direitos e interesses da sociedade, garantidos pela legislação", frisou a advogada, ressaltando a realização de seus sonhos profissionais.

Janaína já demonstrava desde a infância características marcantes que são importantes no ramo da advocacia. “Eu era líder de sala na escola e capitã de time, sempre procurando garantir os direitos dos grupos onde estava inserida”, relembrou Janaina. Com esse perfil de defensora, foi fácil escolher seguir a profissão de advogada: “Nunca tive dúvidas, sempre me identifiquei com a advocacia e, posteriormente, com a área criminal”.

Ainda no segundo ano do ensino médio, Janaina Panhossi, realizou sua primeira tentativa de seguir o sonho da advocacia, quando conseguiu a aprovação no vestibular. Como era necessário concluir o ensino médio, ela tentou novamente no ano seguinte, conquistando outra aprovação.

Janaina Panhossi é advogada criminalista há cinco anos e se lembra das dificuldades que passou no início de carreira. “Fiz muitos trabalhos dativos, acompanhamentos processuais e em delegacias para colocar em prática o que tinha aprendido durante o curso, e esse início foi fundamental e indispensável, porém, nesta profissão o aprendizado é diário”, contou.

Além das desafios inerentes a profissão, a advogada criminalista ainda teve de passar pelos preconceitos, de atuar em uma área com ampla maioria masculina. “Já tive muitas frustrações, senti falta de credibilidade por ser mulher, especialmente nos primeiros anos, mas enfrento os obstáculos com muita persistência, tenho objetivo de crescer na profissão e conquistar o meu espaço, o segredo é ter foco e dedicação”, ressaltou a advogada.

Panhossi também percebeu certa resistência na escolha em seguir a área criminal, pois segundo ela, muitos veem o criminalista como um defensor de bandidos. No entanto, a advogada fez questão de esclarecer que eles trabalham para garantir um processo justo, uma vez que todo cidadão tem o direito de defesa garantido pela Constituição Federal.

A criminalista ressaltou a qualidade dos escritórios de advocacia presentes na região “Eu me espelho em vários colegas, que são prestativos e compreensivos, para compor minha atuação de advogada. Juntos formamos uma classe fortalecida, que é porta-voz da sociedade no Judiciário, e contamos ainda com uma OAB atuante, um presidente que luta pelos interesses da classe, bem como, da sociedade de modo geral”, destacou a advogada.

Janaina Panhossi afirma que as dificuldades enfrentadas pelo Poder Judiciário são estruturais. Onde se verifica que há poucos servidores para atender uma grande demanda, levando a lentidão dos processos, prejudicando o cidadão, quando este busca resolver suas questões.

Janaina garante que advocacia é uma boa escolha profissional, mesmo com tantos desafios. “Há uma demanda é muito grande, então tem muito trabalho, não acredito que a profissão esteja saturada, pois desenvolvemos um trabalho de grande relevância para construir uma sociedade melhor”.

Fonte: www.rastro101.com.br