Turma de formandos em Direito publica foto em ato de ‘misógina’ e gera revolta nacional

goo.gl/hfL28Q | Uma turma de formandos do curso de Direito do campus de Sousa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) causou polêmica nos últimos dias com a divulgação de foto, nas mídias sociais de alunos, em que sete homens aparecem fazendo gesto considerado pejorativo e ofensivo às mulheres.

Inicialmente, a revolta veio pelas mídias sociais dos próprios formandos, mas a polêmica teve repercussão nacional com a foto divulgada em perfil nacional de combate ao machismo e ao preconceito.

Na tarde deste domingo, 15, o presidente da Ordem dos Advogados da Paraíba, advogado e professor universitário Paulo Maia, emitiu nota de repúdio a ação dos formandos. Através de sua conta no Instagram, Paulo Maia diz contribuir com a formação de inúmeros advogados e garantiu que a OAB-PB vai oficializar a coordenação do curso de Direito para que os alunos que aparecem na imagem sejam responsabilizados.

Leia a nota na íntegra:

Na última semana, jovens formandos do curso de Direito da UFCG – Campus Sousa, postaram uma foto em suas redes sociais que vai de encontro à conduta e boa reputação exigida aos operadores do Direito.

Através da docência, tive a oportunidade, ao longo dos últimos anos, de contribuir na formação universitária de homens e mulheres, no repasse de valores como honra, dignidade e decoro, condizentes à preservação da conduta, conforme o Código de Ética da OAB.

Esses jovens, se já não lograram aprovação no exame de ordem, irão prestá-lo no futuro. No entanto, para exercer a função constitucional atribuída à advocacia, é preciso mais que aprovação no Exame de Ordem, pois não se pode perder de vista o que estabelece nosso Código de Ética.

Enquanto indispensáveis à administração da Justiça, os(as) advogados(as) são defensores(as) do Estado Democrático de Direito, da cidadania, da moralidade, da boa fé, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função social que exerce.

Dessa forma, não podemos assistir pacificamente a um ato de sexualização da imagem feminina que afronta as mulheres de um modo geral e não só as advogadas com gestos obscenos relacionados à anatomia do seu sistema reprodutor, como se observa na foto postada.

Atualmente, os quadros da OAB/PB são compostos por 42% de mulheres que dignificam a Advocacia, as quais exercem seu múnus público com destemor, independência, decoro e dignidade. A luta pelo respeito e valorização das Advogadas é uma bandeira levantada desde o meu primeiro dia a frente da Ordem que representa advogados e advogadas em todo o Estado da Paraíba.

A OAB/PB não se omitirá e oficializará a coordenação do curso de Direito e a diretoria do Centro da UFCG para exigir que seus alunos sejam responsabilizados pelo ato de misoginia.

Fonte: expressopb.net

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