Candidata que não entregou texto de prova de digitação deve ser desclassificada

goo.gl/Utd8Tg | A Comissão do Concurso Público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul confirmou que a candidata que levou a folha de texto da prova de digitação será investigada e desligada do concurso. As provas de digitação aconteceram neste fim de semana, mas uma folha da prova foi divulgada nas redes sociais na manhã do domingo (9).

A delegada Maria de Lourdes Souza Cano, presidente da comissão organizadora do concurso, afirma que já houve uma conferência sobre todas as provas e apenas uma folha de texto estava em falta, que seria da tal candidata que divulgou o conteúdo da folha de digitação em um grupo de WhatsApp. Além disso, o caso segue em investigação.

A presidente da comissão explica que, além de a candidata ter tomado uma atitude com objetivo comprometer a credibilidade do concurso público, ela já seria desclassificada porque não entregou a prova. “Como ela não deixou o texto, ela não permitiu que a prova dela fosse corrigida até porque não tem como corrigir. Ela levou a folha de texto, não vai ser efetivada e provavelmente desligada do concurso”, afirma a delegada.

Os candidatos se sentiram prejudicados com a divulgação da folha de texto. Segundo eles, outro concorrente poderia memorizar o conteúdo e, assim, digitar mais rápido e com menos erros. O candidato Adilson Alves Júnior, de 32 anos, concorria ao cargo de escrivão e foi até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Centro neste domingo (9) para registrar BO junto com outros candidatos. “Vou sair prejudicado, tenho certeza que algumas pessoas podem decorar o texto e ir bem na prova de digitação. Passei um ano treinando para acontecer isso”, lamenta.

A engenheira civil Kellen Stephanie, de 25 anos, veio de Cuiabá até Campo Grande para fazer a prova e também estava frustrada com a situação. Ela compareceu à Depac no domingo (9) para registrar o BO do caso com os concorrentes. “Eu fiz a prova pela manhã e só vi esse texto depois que saí. Eu vi que era muito semelhante ao texto aplicado e fiquei revoltada porque muitas pessoas devem ter tido acesso. Faltou fiscalização e acho que também deveria ter tido textos diferentes para as provas”, explica.

Entretanto, a delegada afirma que os candidatos não saem prejudicados. “Não é a prova que foi vazada, mas sim o texto digitado por ela, ele não é completo e está com vários erros de palavras. Além disso, o concurso não visa avaliar o conhecimento, nem memória, o concurso visa avaliar a habilidade do candidato na digitação”, conta.

Em nota, a SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização) informa que irá tomar providências sobre o ocorrido na prova de digitação e diz que o fato não causa nenhum prejuízo ao andamento do concurso. “Se trata de um caso isolado, em atitude ‘dolosa e irresponsável’ de apenas uma candidata. Diante disso, o concurso da Polícia Civil segue seu tramite normal, tendo como próximas etapas as fases de investigação social e curso de formação”, disse. A Comissão do Concurso da Polícia Civil afirma que numa nova nota de esclarecimento será divulgada ainda nesta segunda-feira (10), com mais detalhes sobre o caso.

Mylena Rocha
Fonte: www.midiamax.com.br

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