Preso de novo no Acre, advogado de vídeo com suposta arma tem carteira da OAB suspensa

bit.ly/2Zz9p5J | Após ser preso pela segunda vez, o advogado Manoel Elivaldo Júnior teve a inscrição da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB-AC) suspensa por 90 dias. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (24).

Júnior foi condenado a sete anos por porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo e participação em organização criminosa. Na segunda (22), ele voltou a ser preso quando tentava impedir que a ex-namorada o denunciasse por agressão.

O advogado foi preso preventivamente em novembro de 2017 após dois vídeos dele circularem na internet, um onde apareceu com uma suposta submetralhadora e em outro afirmando ser membro de facção criminosa.

A reportagem tentou contato com a defesa de Júnior, mas não obteve retorno.

Suspensão


Ao G1, o presidente da OAB-AC, Erick Venâncio, explicou que, além da suspensão, o caso vai ser encaminhado para o Tribunal de Ética e Disciplina da ordem.

“Uma série de notícias chegou na OAB e são incompatíveis com a advocacia, então, foi feita uma suspensão pela presidência e determinado o encaminhamento para o Tribunal de Ética, que vai avaliar se instaura ou não um procedimento ético disciplinar”, confirmou.

Caso seja instaurado o procedimento, Venâncio salientou que Júnior vai a julgamento e até pode ser expulso da ordem, caso o tribunal decida por essa opção.

“Em relação à condenação já existe um processo em tramitação e, inclusive, está pronto para julgamento. A suspensão é devido a situação de segunda-feira [22]”, acrescentou.

O presidente frisou que o tribunal deve decidir até o final do mês se instaura ou não o procedimento para apurar a conduta de Júnior. Ele ressaltou que a gestão não vai admitir casos de falta de conduta dos advogados.

“O julgamento depende da tramitação, do direito de defesa e o contraditório. Não vamos admitir advogado que vacile na sua conduta ética. Outros casos, em que a prática de delitos for evidenciada, que seja patente, vamos adotar o mesmo procedimento”, justificou.

Transtorno


Ao G1 nesta terça (23), o advogado de Júnior, Silvano Santiago, afirmou que ele passa por transtorno de bipolaridade.

“O Manoel, infelizmente, permanece com problemas de transtorno bipolar e vez ou outra entra nessas confusões. A família está muito preocupada com ele. Ele foi, segundo a mãe, à procura de uma filha para tentar a guarda. Daí, em razão dos seus transtornos, ele envolveu-se nessa discussão”, disse o advogado.

Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco
Fonte: g1 globo

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