Eliezer conta que só voltou a estudar aos 24 anos porque teve de parar com a escola para trabalhar e ajudar a família. Morador da área rural, jamais desistiu de seguir com os estudos e tem uma meta. “Quero aproveitar para dizer que irei pagar 22 parcelas do FIES que estavam atrasadas com o meu primeiro salário de juiz”, contou.
História
O juiz relembra que, aos 24 anos, retomou os estudos: concluiu o ensino médio (EJA) e, depois, aos 26, foi aprovado no concurso de agente penitenciário em Rondônia em 2009. Ali, segundo ele, percebeu que havia possibilidades de ir além.Durante o trabalho de agente penitenciário, foi incentivado por amigos a seguir estudando. Até então o objetivo dele era apenas “melhorar de vida”.
A graduação de direito, de acordo com o juiz, parecia ser a grande superação para ele, já que o trabalho começou cedo e as dificuldades também. A partir dos 33 anos a sua meta de se tornar juiz de Direito em Rondônia não parou.Diversidade
Superação é a palavra de ordem dos novos magistrados. O recém-empossado juiz substituto Robson José dos Santos, que é preto, disse que a cerimônia em que 29 novos magistrados assume em Rondônia demonstra o respeito à diversidade da sociedade.“É o olhar diferenciado”, definiu o magistrado, lembrando que aqueles que vêem um juiz preto, uma mulher juiza e assim por diante se sentem representados.
De acordo com o juiz, é fundamental a presença diversa na magistratura. “Traz a identidade para a população.”
O ex-pedreiro que se tornou juiz foi um dos empossados - Foto: TJROO ex-pedreiro e novo juiz Eliezer Nunes Barros (à esq) com Robson José dos Santos (à dir) – Foto: Gustavo Luz/Rede AmazônicaAssista:
Fonte: sonoticiaboa.com.br