Aluna da USP suspeita de desviar R$ 1 mi tem laudo médico negado e é denunciada por golpe em lotérica

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Via @portalr7 | O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou a aluna da USP (Universidade de São Paulo) por suspeita de aplicar um golpe na festa de formatura dos colegas. Alicia Dudy Müller Veiga é agora investigada em caso de estelionato e lavagem de dinheiro que envolve uma lotérica em Mirandópolis, bairro da zona sul de São Paulo.

De acordo com o boletim de ocorrência a que o R7 teve acesso na época, a jovem de 25 anos realizou uma sequência de apostas na modalidade Lotofácil com valores incomuns e altos, o que levantou suspeitas da gerente da loja.

A primeira compra da estudante foi realizada em 5 de abril de 2022, no valor de R$ 9.690. No dia seguinte, ela retornou à lotérica e repetiu o jogo. Ambas as apostas foram pagas com Pix.

Alicia passou a voltar diariamente ao local para "realizar novas apostas vultuosas e, com isso, estreitou seu relacionamento com a gerente da lotérica", segundo o boletim de ocorrência. No total, foram desembolsados mais de R$ 461 mil.

Em 12 de julho, a estudante compareceu novamente à lotérica, dessa vez para fazer uma aposta de R$ 891.530. Estranhando o alto valor do jogo, a gerente questionou a forma como o pagamento seria realizado. Alicia, então, respondeu que o agendaria via Pix.

A operadora de caixa realizou apostas no valor de R$ 193,8 mil e entregou os canhotos à estudante. A jovem, então, fez uma transferência no valor de R$ 891,93 — cerca de mil vezes menor do que o valor que deveria ter pago. Alicia conseguiu sair com as apostas: cinco jogos de 20 dezenas, que custaram R$ 38.760 cada um.

Golpe em formatura

As autoridades investigam se o golpe contra a lotérica tem relação com o desvio de mais de R$ 920 mil do fundo da comissão de formatura da turma 106 da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Os estudantes afirmam que foram vítimas de um golpe dado por Alicia, presidente da comissão de formatura. Eles disseram que pagaram a festa ao longo de quatro anos de curso, mas o dinheiro desapareceu. 

A defesa de Alicia entrou com um pedido de perícia psiquiátrica, que foi negado pela Justiça de São Paulo. O caso do desvio de verba da formatura de medicina da USP começou a ser julgado no fim de outubro.

Em nota, o advogado da estudante, Sérgio Ricardo Stocco Caodaglio Giolo, afirmou que a defesa está trabalhando "nos autos e que ao final tudo será esclarecido, lembrando que, desde o ocorrido, a acusada se colocou imediatamente à disposição das autoridades policiais e tem colaborado com a apuração da verdade".

Fonte: R7

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