Thiago Peralva, ex-delegado da 19ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, também virou réu por suspeita de envolvimento no caso. Eles vão responder pelos crimes:
• Robson Cândido: stalking ou perseguição, violência psicológica, descumprimento de medida protetiva de urgência, peculato (por 3 vezes), participação em corrupção passiva, participação em interceptação telemática ilegal e violação de sigilo funcional;
• Thiago Peralva: participação em stalking, corrupção passiva e interceptação telemática ilegal.
O g1 tenta contato com a defesa dos investigados.
Prisão
A prisão de Robson Cândido foi cumprida pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que também cumpriu mandados de busca e apreensão na 19ª Delegacia de Polícia, na casa do delegado Thiago Peralva e de Robson Cândido. Foram apreendidos celulares, notebooks e pendrives. A Corregedoria da corporação acompanhou as buscas na delegacia.
O delegado deixou a direção da corporação em outubro deste ano após ser acusado de crimes relacionados à Lei Maria da Penha. Segundo as investigações, a estrutura da Polícia Civil — como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos e carros oficiais — era usada para fins ilícitos e particulares.
Ainda segundo os promotores, os investigados na operação interceptaram as ligações telefônicas da ex-namorada de Robson Cândido para monitorar a localização dela em tempo real. Dessa forma, teriam sido praticados os crimes de stalking e violência psicológica, aponta a investigação.
O Ministério Público afirma ainda que o ex-delegado da 19ª Delegacia de Polícia Thiago Peralva teria inserido o número da mulher em uma interceptação telefônica em curso, que apurava crime de tráfico de drogas.
A operação foi coordenada pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial, com o apoio do Grupo de Atuação Especial
Por Rita Yoshimine, TV Globo
Fonte: g1