Jornalista luta na Justiça por cirurgia no coração; plano de saúde não libera procedimento

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Via @metropoles | Há 15 dias internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI), o jornalista José Renato Penna (foto em destaque), 65 anos, enfrenta também uma corrida contra o tempo. Ele precisa que o plano de saúde Unimed Nacional libere a cirurgia para trocar a válvula no coração. A disputa já é judicial e a família conseguiu uma liminar e multa diária para que a empresa pague pelo procedimento. Mas até a última atualização desta reportagem, não havia previsão para o radialista ser operado.

Em setembro deste ano, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) determinou que a internação e a cirurgia do jornalista fossem custeadas pela Unimed em até 48 horas. O prazo não foi cumprido e, em 27 de novembro, José Renato se sentiu mal e foi internado em um hospital particular da Asa Sul, onde segue na UTI.

A juíza Thaissa de Moura Guimarães ainda determinou a multa de R$ 500 por dia de decisão descumprida. “A negativa do plano se mostra ilegal”, ressalta juíza em decisão. O Metrópoles teve acesso ao processo que destaca as comorbidades do paciente. José tem hipertensão, diabetes, nível elevado de gordura no sangue. O relatório ainda apresenta que ele já fez, em 2015, cirurgia no coração.

“O estado dele é gravíssimo. Quanto mais o tempo passa, mais o coração fica fraco”, destacou a esposa de José Renato, a paisagista Vanessa Massaud, 46 anos. “Meu marido está cada dia pior. Ele não consegue mais tomar banho sozinho porque fica cansado. Cada dia tem alguém monitorando a situação dele. A gente paga o plano certinho por tanto tempo para que na hora que precisa passar por isso?”, questionou Vanessa.

O processo foi para a segunda instância e o desembargador Mauricio Silva Miranda destacou que é ilegal o plano de saúde negar o procedimento a José Renato. Familiares também denunciaram as negativas do plano de saúde para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas até o momento não tiveram resposta.

Saúde mental

As incertezas e as angústias com a demora para o tratamento prejudicam também a saúde mental de José Renato. Como já teve depressão, os médicos orientaram que fizesse por poucos minutos ao longo do dia trechos do seu programa de rádio. Em uma maca hospitalar, o radialista coloca o fone e o microfone e não para de trabalhar.

O Metrópoles tentou contato com a Unimed, mas a empresa não havia se manifestado até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

Por Jade Abreu
Fonte: metropoles.com

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