STJ começa a julgar pedido de liberdade de motorista de Porsche

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Via @portalg1 | A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar nesta terça-feira (7) se mantém a prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche acusado de provocar um acidente de trânsito com morte, em São Paulo (SP), em 31 de março (relembre abaixo).

A colisão matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 55 anos. Um laudo policial apontou que, no momento do acidente, Fernando dirigia a 114,8 km/h. Um amigo dele, que estava no carro de luxo, também ficou gravemente ferido.

Os ministros do STJ analisam um pedido de liberdade feito pela defesa do empresário.

Na última sexta-feira (3), o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva dele diante do risco de atrapalhar as investigações e de fuga. Foi o quarto pedido analisado pela Justiça, que tinha negado a prisão nas três vezes anteriores. Ele só se entregou à polícia na segunda-feira (6).

Fernando é réu pelo homicídio com dolo eventual – por assumir o risco de matar – de Ornaldo Viana, e por lesão corporal gravíssima contra o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha.

Ao STJ, a defesa argumentou que não há elementos no processo que justifiquem a prisão preventiva, e que ela foi motivada pela pressão da mídia.

A relatora do caso, ministra Daniela Teixeira, é a primeira a apresentar o voto. Também votam os ministros Messod para Azulay Neto, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik.

Acidente e prisão

Fernando Sastre de Andrade Filho passou por audiência de custódia na manhã desta terça, em São Paulo.

Câmeras de segurança gravaram a batida no dia 31 de março. O empresário dirigia o Porsche Carrera a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo Viana, segundo laudo policial. Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h.

De acordo com testemunhas ouvidas pela polícia, Fernando havia tomado bebidas alcoólicas antes de dirigir. Em seu interrogatório e em entrevista ao Fantástico, horas antes da decretação da sua prisão, o motorista do Porsche negou ter bebido.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, ficou evidente pelas imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência de que Fernando bebeu. Mas como não tinham o etilômetro, aparelho usado fazer o bafômetro, os PMs liberaram Fernando sem fazer o exame nele.

A mãe do empresário aparece nas imagens convencendo os agentes a autorizaram ela levar o filho a um hospital porque ele estaria ferido. Mas a mulher não procurou atendimento médico.

Por Márcio Falcão
fonte: g1

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