Mas existe uma brecha. Ou melhor: uma jurisprudência.
Há casos que envolvendo pessoas que cometeram crimes hediondos e que hoje ocupam cargos públicos. Exemplo disso são os cinco jovens que assassinaram o indígena Pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, em Brasília no dia 20 de abril de 1997.
São eles: Eron Chaves Oliveira, com 19 anos na época; Tomás Oliveira de Almeida, de 18; Max Rogério de Souza, de 18; Antônio Novely Cardoso Vilanova, de 19; e o menor Gutemberg Nader Almeida Júnior. O quinteto comprou cinco litros de combustível e despejou no corpou de indígena, que dormia na rua. O grupo ateou fogo e fugiu, sem sequer dar chance de reação à vítima. Pataxó até foi socorrido, mas morreu com 95% do corpo queimado.
Em depoimento, eles disseram que o motivo do crime era dar continuidade à diversão da noite. Todos eles foram condenados em 2001 e, enquanto cumpriam pena, prestaram concursos públicos em esferas diferentes da administração e foram aprovados.
Com o amparo de decisões favoráveis da Justiça, os cinco conseguiram tomar posse e entrar no exercício de suas respectivas funções, o que pode servir de precedene para que Susane vire servidora pública, mesmo tendo que cumprir o restante sua pena de 40 anos em liberdade condicional.
Por Alexandre Bittencourt
Fonte: maisgoias.com.br