As imagens que aparecem no vídeo são reais, mas o áudio, não. Nelas, a atual vereadora aparece conversando com uma assessora, em uma das salas da Assembleia Legislativa. Com a utilização de inteligência artificial, a voz da candidata foi manipulada para ofender os eleitores, segundo a polícia. “Tá muito cansativo. Não vejo a hora disso acabar, parece um monte de mendigo. O povo fedendo, todo suado, agarrando, puxando. O povo só quer saber de dinheiro e emprego, como se tivesse emprego pra esse povo todo”.
De acordo com as apurações policiais, o caso pode resultar em graves consequências, incluindo a possível cassação de candidaturas de pessoas que estejam envolvidas no ataque criminoso. Os investigadores identificaram que o vídeo foi compartilhado centenas de vezes em grupos de WhatsApp e individualizaram os principais disseminadores.
Veja aqui imagens produzidas por robô que dissimulou voz de candidata a prefeita
Deepfake
O uso de deepfake com fins eleitorais é considerado crime pela legislação vigente e pode resultar na cassação das candidaturas dos envolvidos. Medidas jurídicas foram tomadas pela vereadora e o caso é tratado com o rigor necessário para assegurar a integridade do processo eleitoral em Ipojuca.
Para Adilma Lacerda, o ocorrido é uma demonstração do desespero daqueles que estão vendo suas posições nas pesquisas se deteriorarem. “Estamos realizando uma campanha limpa e propositiva, com ações que beneficiarão todos os ipojucanos. O apoio do povo é evidente nas pesquisas, que refletem a aceitação de nossa mensagem. Enquanto se ocupam em espalhar fake news e as autoridades policiais investigam o caso, eu continuarei focada em disseminar nossa mensagem de compromisso com o cuidado da nossa cidade e do nosso povo”, afirmou Lacerda.
Por Carlos Carone e Mirelle Pinheiro
Fonte: metropoles.com