“Não vai faltar energia, mas nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para você poupar energia. Campanha para você economizar energia [é outra alternativa], você procurar desperdício. Ajuda também. Você tem várias alternativas”, disse Alckmin a jornalistas no Palácio do Planalto.
Alckmin já havia dito na semana passada que “não há risco de falta de energia” no país, após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicar que o nível dos reservatórios continuará reduzindo até o fim de novembro.
Em comunicado publicado em 20 de agosto, o órgão chegou a recomendar o acionamento de usinas termoelétricas a partir de outubro deste ano, diante da falta de chuvas em partes do Brasil.
O vice-presidente ainda defendeu que o governo aja “nas causas do problema” e citou medidas de descarbonização e a preservação da Floresta Amazônica. Por fim, ele destacou as fontes de energia limpa do país, com crescimento da eólica e da solar.
Em setembro de 2023, a área técnica do Ministério de Minas e Energia (MME) do governo Lula (PT) emitiu parecer no qual avaliou que, naquele ano, não era necessário adotar o horário de verão. A medida, que adianta os relógios em uma hora, foi extinta em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Adotado em vários países do mundo, o horário de verão tem por objetivo economizar o consumo de energia elétrica, estimulando as pessoas e as empresas a encerrarem suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, evitando que muitos equipamentos estejam ainda ligados quando é acionada a iluminação noturna.
No Brasil, ele vigorava entre os meses de outubro e fevereiro e era aplicado no Distrito Federal e nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Fim do horário de verão
Em abril de 2019, por meio de decreto, o governo Bolsonaro revogou o horário de verão. Em 2017, o então presidente Michel Temer (MDB) tentou encerrar o ato, mas sofreu forte pressão popular que o fez desistir da tentativa.
Bolsonaro disse que, como cidadão, sempre teve “receio” da continuidade do horário de verão e que decidiu acabar com a medida devido a pesquisas de opinião que mostraram que 70% da população brasileira era contra o decreto.
Por Daniela Santos e Flávia Said
Fonte: metropoles.com