Advogada que ameaçou cliente em rádio é c0nden4da a pagar R$ 372 mil

advogada ameacou cliente radio condenada pagar rs 372 mil
Via @estadodeminas | A advogada Olinda Woodroffe, de Auckland, que atua na Nova Zelândia e em Samoa, na Oceania, foi condenada a pagar mais de US$ 66 mil (R$ 372 mil) após ser considerada culpada de má conduta profissional por ameaçar e insultar um cliente samoano em seu programa de rádio. Além disso, ela divulgou informações confidenciais do processo e não ofereceu o devido aconselhamento jurídico, conforme determinou um tribunal disciplinar.

De acordo com o site neozelandes Stuff, o caso teve início em 2015 quando o cliente contratou Woodroffe para representá-lo em uma disputa envolvendo terras familiares em Samoa. No entanto, o relacionamento profissional se deteriorou quando a advogada solicitou, em 2019, um pagamento adicional de US$ 35 mil (aproximadamente R$ 200 mil) como garantia de custas judiciais. O cliente se recusou a seguir com o processo por falta de recursos e alegou que não havia sido previamente informado sobre esse tipo de despesa.

Apesar disso, a advogada reagiu de forma agressiva, acusando-o de difamação e, pouco depois, usando seu espaço em um programa dominical na Rádio Samoa para criticar publicamente o ex-cliente de maneira considerada depreciativa. Ao ser informada de uma queixa feita à Suprema Corte de Samoa, ela ainda ameaçou processá-lo, exigindo que ele voltasse atrás em sua declaração.

A decisão do tribunal concluiu que Woodroffe não apenas falhou em fornecer orientações jurídicas cruciais, mas também abusou de sua posição ao retaliar publicamente contra o cliente. A corte considerou sua conduta intimidadora e inapropriada para a profissão. Além disso, destacou um histórico disciplinar preocupante: sete casos anteriores de conduta insatisfatória, incluindo cobranças excessivas e tratamento inadequado a clientes.

Como punição, foi obrigada a reembolsar o contratante em US$ 10 mil (cerca de R$ 56 mil), cancelar honorários pendentes de mais de US$ 5 mil (cerca de R4 28 mil) e pagar uma multa à Sociedade de Advogados da Nova Zelândia, além de cobrir custos processuais que somam mais de US$ 45 mil (cerca de R$ 255 mil). O total a ser pago chega a US$ 66.049 (aproximadamente 372 mil).

Mesmo diante da condenação, a neozelandeza afirmou que irá recorrer da decisão, alegando que foi vítima de racismo, sexismo e preconceito por sua origem samoana. "Não vou aceitar nenhuma penalidade. Isso é um ataque à minha reputação", declarou à imprensa local.

Por Sofia Maia*
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

Fonte: em.com.br

Anterior Próxima