O acusado é Manoel Henrique Cardoso Pereira Lima. Ele era auditor federal de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU), mas foi demitido do cargo em 28 de abril de 2025, em um processo administrativo disciplinar aberto após a revelação da fraude.
De acordo com as investigações da Polícia Federal Legislativa (PFL) da Câmara dos Deputados, o ex-auditor induziu e manteve o órgão em erro mediante a omissão da morte da pensionista e recebimento do valor que deveria ser destinado a mãe dele.
Em São Luís (MA), a corporação descobriu que Lima levou uma senhora ao cartório para se passar pela mãe dele e atestar a prova de vida necessária para a continuidade do benefício. A reportagem apurou que a pensão mensal bruta era de R$ 32,9 mil. A Polícia Federal Legislativa também encontrou o túmulo onde a verdadeira beneficiária foi sepultada.
Após a autuação por estelionato majorado feita pela PFL da Câmara, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Lima pelo crime. Em outubro de 2024, a 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal aceitou a denúncia, de forma que o ex-auditor tornou-se réu.
O MPF também entrou com uma ação cível na qual pede que Lima seja condenado a indenizar a União em R$ 2 milhões, valor que deve ser corrigido e acrescido de juros.
Procurado pela reportagem, Lima não quis comentar as acusações.
Por Isadora Teixeira
Fonte: metropoles.com