De acordo com o boletim de ocorrência registrado na segunda-feira (25) pelo pai da criança, Davi Fernandes Elias, o sacerdote afirmou que o nome não seria cristão, teria ligação com outro culto religioso e sugeriu a substituição por “Maria”, proposta rejeitada pela família.
Ainda segundo o registro, embora tenha realizado o sacramento, o padre se referiu à criança apenas como “a filha de vocês” ou “a criança”, evitando repetir o nome. O documento relata também que uma tia interveio durante a cerimônia, gritando: “Criança não, o nome dela é Yaminah”.
O caso foi encaminhado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) como suspeita de discriminação por raça, cor ou religião.
Outro lado
Em nota, o escritório Diogo Ferrari Advocacia, que representa a família, afirmou que o episódio configurou exclusão e constrangimento, violando princípios constitucionais como igualdade, liberdade religiosa e respeito à diversidade cultural. A defesa informou ainda que adotará medidas jurídicas para responsabilizar o sacerdote.
Já a Arquidiocese do Rio declarou que o batismo foi realizado de acordo com o Ritual Romano, com o nome da criança registrado no livro paroquial e na lembrança entregue à família. A instituição ressaltou que o Código de Direito Canônico recomenda apenas que não sejam atribuídos nomes contrários ao sentido cristão, mas que essa orientação tem caráter pastoral e não impede a realização do sacramento.
Com informações do SBT Rio
Fonte: sbtnews.sbt.com.br
