De acordo com o delegado, Rildo apresentava um perfil comum diante dos amigos e da ex-esposa, uma fachada de normalidade para esconder as características de frieza. Nos crimes, no entanto, demonstrava desprezo total pelo ser humano e extrema crueldade. “O crime era para satisfazer um desejo pessoal e se desfazer dessas mulheres como lixo”, afirmou.
A investigação já contava com a análise de localização do sinal do celular de Rildo, que confirmava sua presença nos locais dos assassinatos. “Já tínhamos a análise de localização do aparelho dele para afirmar que estava nos locais dos crimes, mas ele negava atos de execução que agora assumiu”, explicou Candeo.
Para o delegado, o comportamento de Rildo não está relacionado a transtornos mentais, como ele tenta sugerir para justificar seus crimes. “Ele tem documentação regular, carteira de trabalho, habilitação, título de eleitor… Não tem nada. É maldoso mesmo”, disse.
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Monara Pires Gouveia, Alexânia Hermógenes Carneiro e Elisângela da Silva Souza (Foto: reprodução) |
Feminicídios ocorreram por vingança e revolta
No caso de Monara Pires Gouveia, o suspeito confessou premeditação após o suposto furto de R$ 600 durante uma faxina. “Ele disse que a encontrou um mês depois, levou-a a um terreno e a matou”, relatou o delegado. Sobre Alexânia Hermógenes Carneiro, conhecida como Lessi, Rildo declarou que ficou revoltado ao descobrir que ela havia comprado drogas de um traficante em seu nome. “Disse que quando fica nervoso não se controla”, acrescentou Candeo.
Segundo o investigador, todas as vítimas mulheres foram desfiguradas. A forma como foram agredidas, aponta o investigador, demonstra ódio fora do comum, com uma vontade de desumanizá-las e apagar suas identidades. “A raiva com que agride as mulheres é fora do comum, não tem lógica. Ele matava e não se contentava apenas com a morte das vítimas”, concluiu o delegado.
Por Inglid Martins
Fonte: maisgoias.com.br