A ideia surgiu depois que Sabrine tomou conhecimento do caso de uma mulher que desconhecia o passado violento do namorado. “Pensei em como a tecnologia poderia colaborar com a segurança das mulheres e tornar esse tipo de informação acessível de forma simples e discreta”, explicou.
Lançada em maio deste ano, a Plinq já ultrapassou 15 mil usuárias em menos de dois meses. O serviço custa R$ 97 por ano e foi pensado para que qualquer mulher consiga, com poucos cliques, checar se há registros que indiquem potenciais riscos antes de se envolver em um relacionamento.
Plataforma traduz o “juridiquês” e usa alertas por cores
Um dos diferenciais da Plinq é que ela atua como uma espécie de tradutor jurídico, explicando em linguagem simples o significado de cada processo encontrado. O sistema usa alertas coloridos para indicar o nível de risco: verde (baixo), amarelo (atenção) e vermelho (alto).
Em uma avaliação red flag (bandeira vermelha), por exemplo, a plataforma emite o aviso:
“Com base na análise dos processos judiciais relacionados a [nome do homem], tivemos acesso a múltiplas informações que indicam a existência de processos em segredo de justiça. Essas circunstâncias dificultam determinar se ele é vítima, acusado, advogado ou outra parte envolvida, o que torna essencial uma conversa franca e uma avaliação cuidadosa antes de qualquer encontro.”
Já nos casos classificados como green flag (bandeira verde), também há um lembrete de cautela:
“A ausência de registros públicos não garante que a pessoa nunca tenha se envolvido em situações não registradas. Uma conversa aberta pode ajudar a construir um ambiente de confiança e segurança para ambos.”
Base de dados pública e respeito à LGPD
De acordo com Sabrine, a Plinq utiliza bases de dados públicas, como as disponíveis em tribunais e diários oficiais, o que significa que não há violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A proposta da startup é organizar e simplificar informações que antes estavam dispersas e de difícil acesso.
A plataforma também garante sigilo total às usuárias, que podem realizar pesquisas de forma anônima. Além disso, o sistema não exibe detalhes sensíveis dos processos, apenas um resumo geral com base no tipo de ação ou ocorrência.
Por Fabricio Moretti
Fonte: maisgoias.com.br

