O boletim de ocorrência, ao qual o g1 teve acesso, narra que o filho do médico teria sido cercado por outras três crianças durante a brincadeira e buscado ajuda do pai. O homem afirma que ligou para Rodolfo para pedir que conversasse com o filho sobre o que classificou como “covardia”.
Rodolfo rebate essa versão. Ele conta que assistiu às câmeras do prédio e afirma que houve apenas “um empurra-empurra corriqueiro entre crianças”. Segundo ele, o médico teria ido até seu filho mais tarde, na quadra, e dirigido xingamentos ao menino.
“Meu filho me disse que o homem apontou o dedo na cara dele e chamou de ‘filhinho de papai’. Quando uma pessoa intimida uma criança, eu preciso intervir”, declarou o advogado ao g1.
Vítima diz que tentou proteger filho
O médico apresenta relato diferente. Ele afirma que ficou assustado com a forma como os meninos correram para cima de seu filho e pediu que ele e os primos se afastassem.
“Falei: ‘vamos subir, o filhinho de papai está aí’. Foi só isso. Eu só queria evitar que meu filho apanhasse”, contou ele.
Segundo a vítima, Rodolfo desceu nervoso para confrontá-lo mais tarde, já na área da piscina, onde as crianças brincavam.
“Ele começou a gritar que eu não poderia falar nada com o filho dele. Eu nem consegui responder, porque ele já partiu para a agressão. Só pedi para meus filhos correrem”, disse.
Ele registrou o caso e fez exame de corpo de delito. Desde então, diz que os filhos “ficaram com medo de descer para brincar”.
A Polícia Civil informou que o inquérito está em andamento e que a vítima foi orientada a prosseguir com a representação criminal. O órgão vai ouvir testemunhas e moradores do condomínio para esclarecer a dinâmica do caso.
Por Bárbara França, Patrícia Marques, g1 Goiás
Fonte: g1
