Justiça condena policiais envolvidos com jogo ilegal

A Justiça proferiu a segunda sentença condenatória aos envolvidos na Operação Arrastão, que investigou o envolvimento de policiais com o jogo ilegal.

A operação foi desencadeada em 2009 em Tijucas, Canelinha, São João Batista, Itapema, Balneário Camboriú, Brusque e Blumenau.

A decisão foi prolatada pela Vara Criminal da Comarca de Tijucas e acolheu quase que integralmente a denúncia feita pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A primeira sentença é do Juízo da Vara Militar e julgou os crimes previstos no Código Penal Militar.

Os 21 acusados que foram condenados poderão recorrer em liberdade. Dentre esses réus, há seis policiais militares, três policiais civis, dois delegados de polícia e um ex-estagiário da Polícia Civil. Os demais eram operadores dos jogos de azar.

A Justiça ainda decretou a perda, em favor da União, de todos os bens e valores apreendidos e sequestrados no processo por serem resultado de atos ilícitos. Somente com o líder da quadrilha foram apreendidos mais de R$2 milhões e carros de luxo.

O Juiz determinou, também, a perda do cargo público de dois delegados de polícia, um investigador da Polícia Civil e um Comissário de Polícia Civil.

De acordo com as investigações, os envolvidos nos crimes mantinham um esquema de jogos clandestinos e subornavam os policiais para que estes não só ignorassem a quadrilha e seus delitos, mas também facilitassem as operações. Duas das práticas ilícitas cometidas pelos réus já prescreveram – jogo de azar e violação de sigilo funcional. No entanto, acabaram condenados por formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva.

As penas aplicadas foram de prisão e pagamento de multa. O tempo de prisão varia de quatro a 17 anos, dependendo da atuação de cada um dos envolvidos na quadrilha.

A Operação Arrastão foi realizada em 2009 pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e pela Polícia Federal.

Fonte: wp.clicrbs.com.br
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